Reconstituição de chuvas no Nordeste do Brasil durante o Holoceno: o registro de isótopos de oxigênio em estalagmites da Gruta do Jerônimo

• Processo: 24/20290-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
• Área de conhecimento: Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geologia
• Pesquisador responsável: Francisco William da Cruz Junior
• Beneficiário: Camila Sayuri Kinoshita
• Instituição Sede: Instituto de Geociências (IGC). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 22/08359-7 - Padrões inter-hemisférico de precipitação monçônica sob diferentes condições de temperatura nos últimos 140 KA e no Antropoceno, AP.PFPMCG.R
• Assunto(s): Isótopos estáveis Paleoclimatologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Estalagmites | isotopos estáveis | Paleoclimatologia

Resumo

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e o Sistema de Monções da América do Sul (SMAS) são os principais responsáveis pela convecção sobre a região tropical da América do Sul. De acordo com pesquisas anteriores, a dinâmica atmosférica entre a ZCIT e o SMAS mudou ao longo dos últimos milênios sobre o Nordeste do Brasil (NEB), causando flutuações climáticas não esperadas para algumas regiões. A hipótese de pesquisa é que mudanças na circulação atmosférica sobre o NEB resultaram em diferentes padrões de precipitação na região entre S-NEB (região SMAS) e N-NEB (região ZCIT), enquanto a Amazônia oriental poderia se comportar como um eixo entre essas regiões, às vezes estando em fase com N-NEB e outras vezes em fase com S-NEB. Estalagmites da Gruta do Jerônimo (Uauá, Bahia - S-NEB) compõem uma coleção de espeleotemas armazenada no IGc-USP com resultados prévios para os últimos 8 mil anos. Nesta pesquisa de iniciação científica vai ser possível documentar todo o período do Holoceno em amostras que já foram precisamente datadas pelo método da série de decaimento do urânio para o tório, mas que precisam ser ainda analisadas para obtenção de dados de isótopos estáveis de carbono e oxigênio. A partir dessas amostras, será possível reconstituir a paleoprecipitação do norte da Bahia para melhor compreender sua variabilidade e principais forçantes ao longo dos últimos 11.700 anos, assim como comparar com dados disponíveis na literatura do NEB e outros registros da América do Sul para melhor compreender a relação entre ZCAS e ZCIT durante o período estudado.