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Políticas antitrans na América Latina: investidas políticas contra o uso de linguagens inclusivas de gênero no Brasil e na Argentina

Processo: 24/13978-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de janeiro de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2027
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Maria Filomena Gregori
Beneficiário:Inaê Iabel Barbosa
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):América Latina   Sociologia política
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:América Latina | Gramática política | Linguagens inclusivas de gênero | Neoconservadorismo transnacional | Políticas Antigênero | Políticas antitrans | Sociologia Política

Resumo

Estratégias de preservação ou restauração de ordens sexuais e de gênero, denominadas "políticas antigênero", são parte fundamental da guinada à direita que a América Latina experienciou nos últimos anos. Entre elas, observa-se, mais específica e recentemente, a proliferação de "políticas antitrans", que têm investidas políticas contra o uso de linguagens inclusivas de gênero como uma de suas principais frentes de ação. Gerando diversas mobilizações e disputas em países latino-americanos como Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Peru, tais investidas consistem em um fenômeno contemporâneo e controverso, que merece ser ainda sistematicamente escrutinado. Entre os países latino-americanos mobilizados contra o uso de linguagens inclusivas de gênero, Brasil e Argentina desempenham um importante papel geopolítico no giro neoconservador transnacional e apresentam um notável histórico antigênero, ao mesmo tempo em que estão diferentemente posicionados no que diz respeito a direitos sexuais, reprodutivos e de gênero - a exemplo da inexistência de legislação sobre identidade de gênero e da criminalização do aborto no Brasil, enquanto a Argentina conta com a Ley de Identidad de Género e a Ley de Interrupción Voluntaria del Embarazo. Assim, a presente pesquisa tem por objetivo perquirir se e como uma gramática política comum contrária às linguagens inclusivas de gênero vem sendo (re)produzida no Brasil e na Argentina, a fim de investigar a emergência de um campo discursivo de ação antitrans e refletir sobre fluxos neoconservadores transnacionais. Para tanto, uma etnografia de documentos e digital é proposta para a análise de projetos de lei e outros documentos que visam a proibição do uso de linguagens inclusivas de gênero no Brasil e na Argentina, bem como de posts em redes sociais de agentes que protagonizam essas investidas políticas nesses países.

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