O papel dos ácidos siálicos na interação entre Cutibacterium acnes, Staphylococcus aureus e queratinócitos: um modelo de co-cultura para estudo de cross-feeding

• Processo: 24/22238-3
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica - Bioquímica de Microorganismos
• Pesquisador responsável: Lívia Soares Zaramela
• Beneficiário: Isabela Mariano Cardoso
• Instituição Sede: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). Universidade de São Paulo (USP). Ribeirão Preto , SP, Brasil
• Assunto(s): Ácidos siálicos Co-cultura Micro-organismos
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Ácidos siálicos | co-cultura | cross-feeding | Disbiose cutânea | microrganismos | Cultivo bacteriano e celular.

Resumo

A dermatite atópica é uma inflamação causada pela disbiose cutânea. Pacientes com essa doença frequentemente apresentam alta prevalência da bactéria patogênica Staphylococcus aureus. Sabe-se também que os microrganismos da microbiota estabelecem relações ecológicas complexas entre si. Entre elas, existe o mecanismo de cross-feeding (alimentação cruzada) entre microrganismos comensais e S. aureus. Os ácidos siálicos são glicídios presentes em algumas superfícies celulares. Eles desempenham funções essenciais, como reconhecimento célula-célula e célula-hospedeiro. Além disso, várias bactérias têm enzimas especializadas no metabolismo desses ácidos siálicos. Com isso, esses carboidratos são clivados de seus conjugados e podem ser usados como fonte de energia (carbono). Nesse projeto de iniciação científica, iremos estudar o papel do cross-feeding entre C. acnes e S. aureus envolvendo ácidos siálicos em células humanas imortalizadas de queratinócitos, HaCaT. O objetivo é avaliar se C. acnes, por meio de suas sialidases, é capaz de liberar ácidos siálicos do hospedeiro, que serão metabolizados por S. aureus, espécie deficiente dessa enzima. A compreensão dessa alimentação cruzada permitirá um novo entendimento sobre as interações entre os microrganismos e viabilizará futuras intervenções terapêuticas.