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Efeito neuroprotetor da Rosuvastatina no córtex entorrinal de ratos submetidos à restrição crônica de sono

Processo: 24/23734-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Farmacologia - Neuropsicofarmacologia
Pesquisador responsável:José de Anchieta de Castro e Horta Júnior
Beneficiário:Ygor Manata Jacobina
Instituição Sede: Instituto de Biociências (IBB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Ansiedade   Cognição   Memória   Neurociências   Rosuvastatina   Sono
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:ansiedade | cognição | memória | Neurociências | rosuvastatina | Sono | Neurociências

Resumo

O sono pode ser definido como um estado natural comportamental inerente e reversível, de resposta reduzida a estímulos externos. Apesar de vital para a regulação fisiológica e cognitiva, em uma sociedade marcada pela super valorização do lucro e da produtividade, o sono passa a ser interpretado como um estado de dormência descartável. Aliado à outras repercussões do mundo moderno, a restrição crônica do sono tem se tornado um cenário recorrente. A restrição crônica do sono resulta em consequências generalizadas ao processo de consolidação que integra a memória recém-codificada em um armazenamento de longo prazo. O córtex entorrinal (CE) é uma estrutura de entrada-saída que se tem origem na região parahipocampal (PHR) e se projeta para a formação hipocampal (HF), tendo papel fundamental na consolidação da memória. As estatinas são fármacos que atuam na diminuição do teor de colesterol celular, sendo a Rosuvastatina, sua representante com maior potência. Essa classe de fármacos é marcada por seu potencial pleiotrópico, relacionado a ações protetoras no sistema nervoso. No presente estudo busca-se explorar os efeitos pleiotrópicos da rosuvastatina no sistema nervoso, e identificar prováveis mecanismos de neuroproteção frente ao estresse causado pela restrição crônica de sono, por meio de análises comportamentais e morfológicas. Foram utilizados 60 ratos Wistar machos, divididos em 4 grupos (n= 15). Todos os protocolos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Faculdade de Medicina de Botucatu (CEUA-1414/2022). Os grupos foram organizados da seguinte forma: grupo controle (GC), com administração do veículo (200mg de chantilly + 30ul de água) mas sem restrição de sono; grupo privação (GP), com administração do veículo e com restrição diária de sono; e grupos rosuvastatina (GR), os quais receberam doses únicas diárias de 20mg/kg (GR+) e 4,2mg/kg (GR-) do fármaco por auto administração junto ao veículo. As intervenções farmacológicas terão o mesmo tempo de duração, e serão concomitantes à restrição de sono. O método utilizado para a privação de sono será a plataforma múltipla adaptada. O protocolo de privação de sono será realizado diariamente, das 14h às 8h (ciclo claro das 5h às 17h), por 45 dias consecutivos. A rosuvastatina é oferecida aos animais 1 vez por dia, às 8h. O teste comportamental utilizado será o Labirinto de Barnes, iniciado no 23° dia do protocolo, período concomitante ao pico de ação da rosuvastatina. O protocolo consistirá em 3 exposições diárias com intervalo de 10 minutos entre cada exposição, ao longo de 5 dias, sendo que em cada dia, a caixa de escape estará em um local inédito, para avaliação da memória operacional. No último dia de realização do teste comportamental, os animais serão eutanasiados e 7 animais de cada grupo serão submetidos ao protocolo de perfusão transcardíaca. Após o procedimento, será realizada a coleta dos encéfalos e então, estes serão submetidos à microtomia de congelamento. Para estudo da expressão da proteína FOS através de imuno-histoquímica, serão selecionados, os encéfalos de 6 animais de cada grupo experimental, os quais posteriormente serão montados em lâminas de vidro. A avaliação morfológica será direcionada à região do córtex entorrinal lateral e medial, mediante a captura de imagens e contagem das células imunorreativas. Foram analisados sete níveis coronais regularmente espaçados entre -3,12 mm até -7,56 mm com relação ao bregma. Os resultados de todas as variáveis quantitativas serão comparados e analisados estatisticamente. Conforme a análise de estudos prévios na literatura, espera-se que os animais pertencentes ao GP apresentem piores desempenhos de memória nos testes comportamentais e menor ativação neuronal quando comparados ao GC. também é possível aferir que os animais dos grupos GPR+ e GPR- apresentem resultados comportamentais e morfológicos melhores do que os do grupo GP, e valores mais próximos aos encontrados no GC.

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