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Análise do efeito do lítio sobre a morfologia microglial na doença de alzheimer

Processo: 25/00540-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2025
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Fisiologia - Fisiologia de Órgãos e Sistemas
Pesquisador responsável:Leda Leme Talib
Beneficiário:Julia Santos de Almeida Lima
Instituição Sede: Instituto de Psiquiatria Doutor Antonio Carlos Pacheco e Silva (IPq). Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Doença de Alzheimer   Lítio   Microglia   Neurociências
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Doença de Alzheimer | Lítio | microglia | 3xTg-AD | Neurociencia

Resumo

O envelhecimento, trata-se de um processo natural associado a alterações neurobiológicas estruturais e funcionais que, vinculados ao aumento da idade, podem se tornar disfuncionais. O interesse pela atenção à saúde do idoso deve-se ao fato de ser o grupo populacional que mais cresce demograficamente e é o mais exposto a doenças crônicas, tais como as neurodegenerativas associadas à demência. Cerca de 70% dos casos de demências são decorrentes da doença de Alzheimer (DA). A DA é caracterizada pela deposição de placas ¿-amilóides (¿A) e emaranhados neurofibrilares (ENFs) resultando no comprometimento da função dos neurônios, neuroinflamação e, por fim, apoptose celular. Em um ambiente inflamatório, a resposta imune cerebral ativa a microglia, uma das principais células de defesa do sistema nervoso. A microglia, em resposta a fatores tais como citocinas, pode assumir o fenótipo M1 ou M2. A polarização para o fenótipo M1 está associada à neurotoxicidade, enquanto M2 favorece a neuroproteção. No quadro neurodegenerativo, o fenótipo microglial de interesse para o favorecimento da neuroproteção é o estado M2. Portanto, um composto farmacológico capaz de modular o fenótipo microglial a favor da neuroproteção, poderia ser uma estratégia terapêutica promissora para a DA. Conhecido por sua eficácia no tratamento de transtorno bipolar, sais de lítio vem ganhando crescente relevância nas doenças neurodegenerativas. Isso se deve a ação inibitória da enzima glicogênio sintase quinase-3¿ (GSK-3¿) e de outras importantes vias associadas aos processos que agravam a DA, como, por exemplo, a formação de placas ¿A, ENFs e a ativação microglial no seu fenótipo M1. A inibição da enzima GSK-3¿ decorrente da ação do lítio, atenua diretamente na diminuição de fatores neurotóxicos, modificando o quadro neuropatológico e podendo até mesmo induzir o fenótipo microglial neuroprotetor M2. Dada a urgência por potenciais estratégias modificadoras da DA, o presente estudo objetiva analisar o efeito do tratamento com lítio no fenótipo microglial de um modelo animal para DA. Para isso será utilizado o modelo animal 3xTg-AD com 12 meses, submetidos ao tratamento crônico com carbonato de lítio (Li¿CO¿; 3 meses; 1,0 mg/kg de ração). As alterações e a proliferação microglial serão avaliadas por imunomarcação da molécula Iba-1, uma proteína expressa em grande número em células da micróglia e macrófagos, em importantes regiões cerebrais envolvidas na DA. Propomos juntar evidências que colaborem com uso terapêutico do lítio para a DA.

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