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O caso Renildo: violência, política, memória e ativismos no Brasil

Processo: 24/07384-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
Data de Término da vigência: 29 de fevereiro de 2028
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Antropologia
Pesquisador responsável:Regina Facchini
Beneficiário:Jinx Vilhas Mauricio da Silva
Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Interseccionalidade   Memória   Sexualidade   Violência
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:interseccionalidade | memória | Política local | Sexualidade | Violência | Gênero e sexualidade

Resumo

Este projeto pretende compreender, por meio de uma etnografia, a produção da memória e da vítima nas relações históricas entre sexualidade e outras diferenças a partir da repercussão e das narrativas sobre o assassinato de Renildo José dos Santos, em 1993. Vereador de Coqueiro Seco-AL, teve seu mandato cassado naquele ano ao expor sua sexualidade bissexual durante entrevista numa rádio local. Foi sequestrado, torturado e assassinado na sequência, por um grupo de extermínio. O assassinato foi denunciado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), assim como por grupos de atuação local ao longo dos anos 1990, como um dos mais violentos crimes já cometidos contra um gay no Brasil. O caso obteve repercussão por meio da atuação de organizações de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional, e do movimento bissexual internacional. Recentemente, o movimento bissexual brasileiro tem reivindicado que o caso seja enquadrado enquanto o assassinato de um bissexual. Pretendo, assim, analisar as disputas em torno da memória do caso, envolvendo atores como movimentos sociais, agentes e setores do Estado, pesquisadores e a imprensa, em âmbito nacional e internacional. A metodologia proposta inclui a realização e análise de entrevistas, a obtenção e análise de documentos e de matérias jornalísticas. A apreensão desse processo de enquadramento da memória pode revelar aspectos a respeito de como narrativas entrecruzadas por noções como classe, raça, sexualidade, gênero e região são moldadas e mobilizadas estrategicamente por esses atores em torno de uma figura pública como Renildo, lançando luz sobre a constituição da noção de homofobia no Brasil e sobre a reconfiguração da noção de violência no processo de redemocratização do país.

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