Insegurança alimentar e vestígios arqueológicos na gália do norte (séculos vii a xi)

• Processo: 24/18030-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Arqueologia - Arqueologia Histórica
• Pesquisador responsável: Marcelo Cândido da Silva
• Beneficiário: Milena Faboci Spadafora
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/02912-3 - Uma história conectada da Idade Média: comunicação e circulação a partir do Mediterrâneo, AP.TEM
• Bolsa(s) vinculada(s): 25/08561-9 - Insegurança alimentar e vestígios arqueológicos na gália do norte (séculos vii a xi), BE.EP.MS
• Assunto(s): Fome Insegurança alimentar
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Arqueologia Medieval | Fome | Gália do Norte | Gestão de alimentos | Insegurança Alimentar | Arqueologia Medieval

Resumo

Esta pesquisa se propõe a estudar a situação alimentar e sanitária da população alto-medieval a partir da análise de 11 sítios arqueológicos da Gália do Norte entre os séculos VII a XI. Partindo da longa tradição historiográfica dos estudos sobre a fome na época medieval, a pesquisa insere novas abordagens de análise e as recentes terminologias presentes nessa área, no que encaixa-se o termo-chave da pesquisa: a Insegurança Alimentar. Durante os séculos VIII a X, houve um aumento na quantidade das menções à fome nas fontes escritas e, ao mesmo tempo, um aumento no volume e na quantidade da produção e das estruturas de armazenamento alimentar. Partindo dessa problemática inicial, os objetivos da pesquisa residem em explorar quais poderiam ser as possíveis razões pelas quais isso poderia ter ocorrido; e como as carências alimentares e as disparidades de acesso aos alimentos são evidenciadas arqueologicamente. Tal análise levará em conta os dados fornecidos pelos relatórios de escavação selecionados, como: as estruturas de processamento e armazenamento alimentar (moinhos, fornos, silos, celeiros, adegas, etc.)., os dados carpológicos e zooarqueológicos, e as análises paleopatológicas das sepulturas presentes nos habitats (por meio dos marcadores de stress ósseo), buscando uma perspectiva mais geral desses assentamentos selecionados que levem em conta todos os elementos presentes neles. Inserindo-se no quadro de pesquisas sobre fome e resiliência nas comunidades pré-modernas, busca-se compreender como essas sociedades reagiram a tais episódios de deficiências e crises alimentares, e como isso se combina com o estado sanitário produzindo uma sinergia de efeitos visíveis arqueologicamente.