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"É para você que escrevo, hipócrita": Ana Cristina Cesar e o endereçamento

Processo: 24/05894-4
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Teoria Literária
Pesquisador responsável:Marcos Antonio Siscar
Beneficiário:Rita de Cássia Bovo de Loiola
Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Crítica literária   Poesia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Ana Cristina Cesar | Charles Baudelaire | Critica literária | Enderecamento | Poesia | Endereçamento

Resumo

Esta pesquisa propõe uma investigação do endereçamento nos poemas de Ana Cristina Cesar (1952-1983), examinando o modo como a leitura de Charles Baudelaire (1821-1867) contribuiu para a elaboração da relação com o interlocutor poético. A partir da análise de poemas, com o apoio dos textos críticos e da correspondência, o trabalho pretende verificar de que maneira a escritora tratou a questão em sua obra, e quais são as consequências dessa ênfase para sua leitura da tradição poética. Nesse sentido, abordaremos as menções reiteradas a Baudelaire, autor do conhecido convite ao « hypocrite lecteur - mon semblable - mon frère », na abertura das Flores do Mal. Por meio de complexas ligações de embate, contraste, assimilação e reinvenção, o poeta será chamado ao texto de Cesar como uma instância provocativa, produtiva para a criação de reflexões a respeito da relação com o interlocutor. A ligação com o destinatário ou leitor de poesia por meio da retórica do endereçamento tem se tornado incontornável para a compreensão de questões que envolvem a modernidade poética, bem como o estudo de Ana Cristina Cesar, envolvendo a mobilização do interlocutor - ou "outro" - com sua retórica da correspondência, do diário, ou sua "arte da conversação". Sendo assim, esta pesquisa pretende dar destaque à representação dos laços com a alteridade, investigando as estratégias usadas nos poemas da autora e verificando como a reinvenção da obra baudelairiana colabora para a elaboração de uma poética que é também uma forma de leitura da modernidade.

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