Abordagens inovadoras para prevenir a adesão de Candidozyma auris: alvo SCF1 com anticorpos monoclonais

• Processo: 25/00673-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Arnaldo Lopes Colombo
• Beneficiário: Felipe de Camargo Ribeiro
• Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/10599-3 - Instituto Paulista de Resistência aos Antimicrobianos (Projeto ARIES), AP.CEPID
• Assunto(s): Micologia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Adesina SCF1 | Anti-adesão | anticorpo recombinante | Candidozyma auris | Micologia

Resumo

Candidozyma auris é uma espécie emergente de levedura de grande impacto em saúde pública pela capacidade de causar surtos de infecções invasivas e potencial de desenvolver multirresistência a antifúngicos. Cdz. auris não faz parte da microbiota autóctone da população, sendo um microrganismo oportunista associado a infecções invasivas em pacientes portadores de doenças degenerativas e neoplásicas que são internados em ambiente de terapia intensiva, onde são expostos a procedimentos médicos invasivos e pressão seletiva com antimicrobianos. O principal fator responsável pelo aumento dos casos de infecções invasivas por Cdz auris está relacionado a alta transmissão entre pessoas assintomáticas devida sua colonização em pele ou superfícies de ambiente hospitalar. Sendo assim esse projeto tem como principal objetivo desenvolver e caracterizar anticorpos monoclonais antagônicos ao Fator de Colonização de Superfície (SFC1) de Cdz. auris e avaliar sua ação anti-adesiva em modelo de infecção utilizando tecido epitelial 3D reconstruído. Inicialmente será realizados uma análise in sílico para identificar epítopos com propriedades imunogênicas, antigênicas e não tóxicas, capazes de induzir a produção de IFN-gama e que sejam conservados entre os diferentes isolados da levedura. Após a análise in sílico, os possíveis promissores epítopos serão selecionados para a produção de anticorpos recombinantes anti-SCF1 pela tecnologia Phage display. Após a obtenção dos anticorpos, o potencial anti-adesivo dos anticorpos recombinantes será avaliado em modelo de epiderme humana reconstituído utilizando os isolados dos clados I (Sul Asiático), III (Sul Africano) e IV (Sul Americano), além de cepas de controle (Cdz. auris CBS 10913 e C. albicans SC 5314). Após 4 e 24h serão quantificadas a unidades formadoras de colônia (CFU) a fim de avaliar a influência do tratamento na adesão e formação de biofilme no modelo de epiderme humana reconstituído. Por fim, essas amostras também serão submetidas a analise histológica para visualização microscópica das estruturas das leveduras e da epiderme em diferentes condições de tratamento. Este conjunto de métodos visa desenvolver uma estratégia eficaz contra a colonização de Cdz. auris, uma levedura emergente com alta resistência a tratamentos convencionais.