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Desenvolvimento e caracterização de nanopartículas cólon-específicas mucoadesivas baseadas em quitosana/TPP e revestidas com goma gelana para o tratamento da doença inflamatória intestinal

Processo: 24/22650-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de abril de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Farmácia - Farmacotecnia
Pesquisador responsável:Andréia Bagliotti Meneguin
Beneficiário:Túlio Drago
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCFAR). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Assunto(s):Nanopartículas   Quitosana
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Doenças inflamatórias intestinais (DII) | goma gelana | Liberação cólon-específica | Nanopartículas | quitosana | 5-Asa | Sistema de liberação controlada de fármacos

Resumo

A Doença inflamatória intestinal (DII), que inclui a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU), é caracterizada por inflamação crônica do trato gastrointestinal, resultando em sintomas como dor abdominal e diarreia. Sua etiologia é complexa, envolvendo fatores genéticos, ambientais e imunológicos. Desse modo, a farmacoterapia inicial frequentemente inclui os aminossalicilatos, como o ácido 5-aminoasalicílico (5-ASA), visto que ele é amplamente reconhecido como o "padrão ouro" no tratamento de DIIs. Atua de forma eficaz na indução e manutenção da remissão da doença devido a sua ação anti-inflamatória direta na mucosa intestinal, que reduz a inflamação e promove a cicatrização das lesões. No entanto, alguns desafios farmacocinéticos, como a alta metabolização pré-sistêmica, a qual resulta em uma baixa biodisponibilidade oral, e sua capacidade reduzida de alcançar o cólon em concentrações efetivas, onde é mais necessário para o tratamento de DII, devem ser enfrentados para que a farmacoterapia não seja comprometida. Para contornar esses problemas, o uso de polissacarídeos naturais e cólon-seletivos, como a quitosana (QS) e a goma gelana (GG), têm se mostrado como uma resposta promissora para o desenvolvimento de sistemas de liberação cólon-específicos. O uso da QS é uma estratégia promissora para aumentar o acúmulo do fármaco diretamente no local de ação, evitando o metabolismo de primeira passagem. A mucoadesão da QS é fundamental, pois garante que as nanopartículas (NP) permaneçam na região colônica, mesmo em pacientes com trânsito intestinal acelerado. Entretanto, um desafio significativo para sua utilização é sua solubilidade em meio ácido, como o encontrado no estômago. Essa propriedade pode resultar na dissolução da QS antes que ela alcance o cólon, limitando, assim, sua eficácia como carreador para a liberação de fármacos cólon-específicos. Uma ferramenta tecnológica importante para superar essa limitação consiste no revestimento das NP de QS com GG, que possui comportamento cólon-específico e solubilidade pH-dependente, sendo resistente às condições ácidas do estômago, além de também possuir propriedades mucoadesivas bem estabelecidas. Perante ao exposto, as NP de QS revestidas com GG têm o intuito de proteger o fármaco da degradação frente ao pH gástrico e da metabolização de primeira passagem, garantindo sua liberação controlada no cólon, além de promover maior qualidade de vida associado a maior adesão do tratamento pelos pacientes portadores da DII.

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