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Memória, espaço e tempo no livro X das Confissões de Agostinho

Processo: 24/23731-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia - História da Filosofia
Pesquisador responsável:Moacyr Ayres Novaes Filho
Beneficiário:Victor Sousa Santos
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Confissão   Espaço   Memória   Tempo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Confissão | Espaço | memória | Tempo | História da Filosofia Medieval

Resumo

Na época de Agostinho, era comum associar a memória a um recipiente onde se armazenavam coisas, utilizando metáforas espaciais. A ideia de vinculá-la especificamente ao tempo e à duração, como fazemos contemporaneamente, deve-se em grande parte aos escritos do bispo. Entre as obras de Agostinho, as Confissões são especialmente relevantes para a questão da memória, tema explorado nos livros X e XI. Agostinho recorre a duas metáforas para descrevê-la: no livro X, a memória é apresentada por meio de metáforas espaciais e imagens visuais, já no livro XI, apesar da discussão a respeito das ideias especializadas sobre o tempo, Agostinho enfatiza o aspecto temporal da memória, associando-a a imagens musicais.No livro X, Agostinho concebe sua memória como um thesaurus, um lugar onde deposita coisas. Essa imagem do thesaurus molda a busca por Deus, que, assim, também se torna espacializada:"Mas onde estás em minha memória, Senhor, onde estás nela?" Essa metáfora leva Agostinho a uma série de paradoxos, motivando-o a reavaliar sua compreensão da memória no livro XI. A dinâmica da memória parece escapar à lógica da espacialidade. Desse modo, há uma transição do vocabulário relacionado à memória entre os livros X e XI das Confissões. Propomos, então, investigar as razões para tal transição. O que leva Agostinho a modificar sua concepção de memória? Por que as imagens espaciais se mostram insuficientes? Nossa estratégia inicial consiste em explorar a condição deforme do confitente como uma possível causa para a espacialização da memória. (AU)

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