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As empresas do complexo industrial-militar dos estados unidos como agenciadores sociotécnicos: práticas de segurança da lockheed martin.

Processo: 24/21939-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Ciência Política - Política Internacional
Pesquisador responsável:Samuel Alves Soares
Beneficiário:Rafaela Mazzonetto
Instituição Sede: Faculdade de Ciências Humanas e Sociais (FCHS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Franca. Franca , SP, Brasil
Assunto(s):Segurança internacional
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Agenciadores Sociotécnicos | Complexo Industrial-militar dos Estados Unidos | Empresas do Setor Bélico | Segurança Internacional | Segurança Internacional

Resumo

O Complexo Industrial-Militar (CIM) dos Estados Unidos reflete a interconexão entre o setor militar, a indústria de defesa e os poderes políticos que os sustentam. As forças centrais desse complexo incluem o Congresso, responsável pela aprovação dos orçamentos para projetos militares; o Pentágono, que movimenta o mercado de defesa por meio de uma doutrina voltada para a manutenção da supremacia tecnológica e militar dos EUA; e as empresas privadas, especialmente as que produzem armamentos, que interagem com o setor público na busca por maximização de lucros e, simultaneamente, sustentam a oferta de tecnologias militares. Esta proposta de pesquisa se concentra nas práticas de segurança das empresas do setor bélico, com foco na Lockheed Martin, e as considera como agentes sociotécnicos que sustentam o CIM. O objetivo é analisar como a empresa constrói um imaginário sociotécnico por meio de recursos simbólicos e culturais, abordando suas concepções e práticas de segurança. A metodologia da pesquisa envolve a análise de conteúdo e a aplicação do método dos imaginários sociotécnicos, fundamentando-se na teoria das práticas, que considera as práticas de segurança como resultantes de conhecimentos tácitos e agenciamentos sociotécnicos. Nesse contexto, as empresas privadas do setor de defesa não apenas respondem às demandas do Pentágono, mas participam ativamente da definição do que é considerado uma ameaça e das soluções tecnológicas necessárias para enfrentá-las. Portanto, a interação entre essas empresas e a chamada "big defense" revela uma relação simbiótica que integra a economia dos EUA à dinâmica de guerra permanente, na qual o desenvolvimento tecnológico do setor de defesa não apenas impulsiona a inovação, mas também solidifica a guerra como uma constante fonte de lucro. O estudo dessas práticas busca explicitar o papel do setor privado na definição e perpetuação das dinâmicas de segurança, fornecendo uma perspectiva adicional sobre o papel do setor na manutenção dos conflitos armados no cenário internacional.

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