Trajetórias estudantis de jovens LGBT na África do Sul: o que Matemática tem a ver com isso?

• Processo: 24/21607-5
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Antropologia
• Pesquisador responsável: Laura Moutinho da Silva
• Beneficiário: Glauber Carvalho da Silva
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 23/08413-4 - Condições (in)suportáveis: imperativos burocráticos, espaços, sujeitos e relações no Sul da África, AP.R
• Assunto(s): África do Sul Educação Gênero Marcadores sociais da diferença Relações raciais Sexualidade
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: África do Sul | Educação | Gênero | Marcadores sociais da diferença | Relações raciais | Sexualidade | Marcadores Sociais da Diferença

Resumo

Frequentemente, jovens LGBT relatam situações de violência nas suas trajetórias estudantis. Ainda assim, nota-se uma recusa para se debater questões de gênero e sexualidade nas escolas, com o argumento de que é preciso se concentrar no ensino dos componentes curriculares. A Matemática, por exemplo, é um campo historicamente masculinizado e que contribui para processos de invisibilização e marginalização de pessoas LGBT. Com isso em tela, propomos com essa pesquisa mapear e analisar qual o papel desenvolvido pela (Educação) Matemática nas trajetórias estudantis jovens universitários LGBT na África do Sul, tendo em vista que naquele contexto como no Brasil, esse é um campo marcado por um discurso universalista que não considera marcadores sociais da diferença. As perguntas que orientam essa proposta de pesquisa são: de que modo as questões de gênero e sexualidade aparecem e são tratadas na(s) (aulas de) Matemática na África do Sul? Quais são as trajetórias estudantis de jovens LGBT nesse país? De que modo, caso aconteça, a Matemática se fez presente nessas trajetórias? Esse projeto de pesquisa se concentra num meio fértil de produções e possibilita o diálogo Sul-Sul. Em especial, a bibliografia revela a penúria de estudos como o nosso na África do Sul. Propomo-nos fazer levantamentos sobre a temática referida no contexto do país citado, etnografia e entrevistas de história de vida com jovens LGBT sul-africanos, de modo a contribuir com o projeto "Condições (in)suportáveis: imperativos burocráticos, espaços, sujeitos e relações no sul da África" (Processo n° 2023/08413-4), no qual essa proposta de Iniciação Científica se insere.