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As meninas de Paula Rego e Agustina Bessa-Luís: reflexões sobre mulheres e poder.

Processo: 25/04426-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de setembro de 2025
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2026
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Outras Literaturas Vernáculas
Pesquisador responsável:Renata Soares Junqueira
Beneficiário:Roberto Xavier de Oliveira
Supervisor: Maria do Rosario Sampaio S. Sousa Leitao Lupi Belo
Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Araraquara. Araraquara , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: Universidade Aberta (UAb), Portugal  
Vinculado à bolsa:24/04880-0 - AS MENINAS de Agustina OU Agustina Bessa-Luís, critica de arte OU Paula Rêgo, personagem de Agustina, BP.MS
Assunto(s):Biografias
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Agustina Bessa-Luís | As Meninas | Biografias | condição feminina | Construcao De Personagens | Paula Rego | Literatura Portuguesa e Pintura

Resumo

Como desdobramento de uma Iniciação Científica interdisciplinar, que se voltou para o estudo de literatura e pintura no modernismo do Brasil e de Portugal, este projeto de pesquisa de Mestrado propõe-se analisar e interpretar o livro intitulado As Meninas (2001), no qual a escritora portuguesa Agustina Bessa-Luís (1922-2019) comenta pinturas da artista luso-britânica Paula Rego (1935-2022). Com foco neste livro, esperamos lançar alguma luz sobre o processo de construção de gêneros literários híbridos, correntes no conjunto da obra de Agustina, que muito se esmerou na criação de romances de inspiração biográfica, centrados em personalidades de escritores e artistas plásticos ilustres que a autora/crítica de arte se compraz em interpretar. A hipótese a verificar é a de que, empenhada em compreender a representação de relações familiares na obra pictórica de Paula Rego e, sobretudo, o papel das mulheres em ambientes domésticos, Agustina faz de As Meninas um laboratório aberto, dando a conhecer aos leitores os seus procedimentos e métodos próprios na construção de personagens, ostentando sem disfarces o seu processo de criação literária como um exercício sistemático de fusão de quatro gêneros de escrita e de figuração de pessoas: o ensaístico, o biográfico (na medida em que projeta a própria Paula Rego nas Meninas pintadas), o autobiográfico (na medida em que ela mesma, Agustina, se identifica com Paula Rego e fala também de si ao convocar a biografia da pintora) e, em última análise e sobrepondo-se a tudo, o ficcional (ao fim, tudo ganha estatuto de ficção, uma vez que dentre as meninas pintadas por Paula Rego se vislumbram, sorrateiramente, Paula e Agustina). Serão subsídios preciosos, nesta investigação, outras obras em que a escritora se aproximou de mulheres pintoras: a biografia de Vieira da Silva (1982), o livro dedicado a Martha Telles (1986) e As Metamorfoses (2007) ilustradas por Graça Morais, obra em que Agustina reflete sobre a gênese de algumas das suas personagens femininas. A consulta a acervos e entrevistas a especialistas e editores em Portugal são imprescindíveis para a execução desta pesquisa, que aproxima duas renomadas artistas portuguesas: Agustina Bessa-Luís e Paula Rego.

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