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Resposta sistêmica crônica de quimiocinas inflamatórias, massa muscular e percentual de gordura corporal, após treinamento combinado realizado antes do tratamento, em mulheres com câncer de mama.

Processo: 24/22777-1
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2027
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Educação Física
Pesquisador responsável:Miguel Soares Conceição
Beneficiário:Dhyana Barban de Campos Lima Borin
Instituição Sede: Universidade São Francisco (USF). Campus Bragança Paulista. Bragança Paulista , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/01424-5 - Efeitos do treinamento físico combinado em mulheres com Câncer de Mama submetidas a quimioterapia, AP.JP
Assunto(s):Neoplasias mamárias   Exercício   Inflamação
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Câncer de mama | Exercício | Inflamação | Exercício físico e câncer

Resumo

O câncer de mama, apesar de ser multifatorial, é uma doença crônico-degenerativa frequentemente desencadeada por um processo inflamatório. A inflamação pode resultar de diversos fatores, sendo que a obesidade é um dos grandes catalizadores. O acúmulo excessivo de tecido adiposo leva a uma infiltração aumentada de macrófagos metabolicamente ativados nesse tecido. Esses macrófagos infiltrados induzem e aumentam a produção de mediadores inflamatórios, tais como o Fator de Necrose Tumoral (TNF-a) e Interleucina-6 (IL-6), perpetuando um estado de inflamação crônica de baixo grau. Em suma, a obesidade não só promove e potencializa a inflamação crônica, orquestrada pelo TNF-a e pela IL-6, como induz a expressão excessiva de outros mediadores inflamatórios derivados do tecido adiposo como as quimiocinas, criando um ambiente hormonal e metabólico que favorece a carcinogênese mamária. Induzidas geralmente por fatores de crescimento, estímulos patogênicos, células imunológicas e citocinas inflamatórias como TNF-a, interleucina-1 (IL-1) e interferon-gama IFN-y, e expressas por linfócitos na corrente sanguínea, as quimiocinas são responsáveis pela migração, adesão, interação e posicionamento das células imunológicas. Na obesidade, a produção exacerbada de quimiocinas pró-inflamatórias pelo tecido adiposo, como CCL2 e CXCL8, amplifica esse ambiente inflamatório, promovendo a infiltração de macrófagos M2 e outras células inflamatórias que sustentam a inflamação crônica de baixo grau. Por outro lado, a resposta anti-inflamatória, geralmente induzida por células como células T CD8+ e as células Natural Killer (NK), citocinas como interferon-gama (IFNy) e quimiocinas como CXCR3 e seus ligantes, visa reduzir a pró inflamação, restaurar homeostase tecidual e a imunidade antitumoral. Visto que grande parte das pacientes com câncer de mama tem sobrepeso/obesidade, seria ideal uma estratégia para diminuir o percentual de gordura. Nesse sentido, a realização conjunta do treinamento de força e do treinamento aeróbio, chamado de treinamento combinado (TC), é uma estratégia eficiente para diminuir o percentual de gordura e inflamação sistêmica, e, ainda, aumentar a massa muscular e a aptidão cardiorrespiratória, na qual deve ser iniciado antes da quimioterapia para diminuir os seus efeitos adversos. Assim, investigar se o TC pode diminuir o percentual de gordura corporal e diminuir a resposta das quimiocinas pró-inflamatórias de maneira sistêmica, e aumentar a massa muscular e a capacidade cardiorrespiratória após um período de treinamento físico em pacientes com câncer de mama é fundamental. Para isso, medidas de quimiocinas inflamatórias, composição corporal e capacidade cardiorrespiratória antes e depois de um período de TC, que será realizado imediatamente depois do diagnóstico e será finalizado antes de iniciar o tratamento, serão realizadas. Esse período chamamos de janela de oportunidade.

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