Do Sertão a Sefarad: iconografia do imaginário arquitetônico da diáspora atlântica sefardita.

• Processo: 25/02396-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 30 de julho de 2025
• Data de Término da vigência: 29 de julho de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo
• Pesquisador responsável: Artur Simões Rozestraten
• Beneficiário: João Lucas Vieira Nogueira
• Supervisor: Jose Antonio Gonzalez Alcantud
• Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Instituição Anfitriã: Universidad de Granada (UGR), Espanha
• Vinculado à bolsa: 23/14406-0 - A iconografia arquitetônica do criptojudaísmo sefardita enquanto construção e reinterpretação de uma história subterrânea brasileira: interações com a plataforma colaborativa Arquigrafia, BP.PD
• Assunto(s): Arquitetura popular Patrimônio cultural Sertão
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: arquitetura popular | Criptojudaísmo | Iconografia arquitetônica | patrimonio cultural | Sefarditas | Sertão | Patrimônio Cultural

Resumo

A pesquisa em curso tem como objetivo criar uma iconografia arquitetônica colaborativa de elementos arquitetônicos da cultura criptojudaica sefardita presente no atual Nordeste brasileiro e no interior de São Paulo, vinculada ao projeto Arquigrafia 4.0. Após o início da pesquisa, encontrou-se elementos criptojudaicos no universo sefardita de São Paulo, nas chamadas "Casas Bandeiristas" e alguns indícios simbólicos em edificações populares no interior do Ceará e do Rio Grande do Norte. Para uma efetiva compreensão das marcas marranas na arquitetura popular brasileira é relevante um olhar amplo para a arquitetura, compreendendo-a como parte constituinte e constituidora da cultura, com as devidas trocas e traduções intersemióticas, percebendo-a dentro da semiosfera dos locais em que se inserem. Durante as pesquisas ficou evidente a necessidade de relacionar os vestígios criptojudaicos com os elementos mouro-ibéricos ainda presentes em Portugal e Espanha para uma leitura comparada, com o intuito de estipular heranças e contribuições. Para tanto, considera-se necessária uma expedição à antiga Sefarad, palco de séculos de ocupação sefardita. A incursão tem como objetivo ampliar o repertório necessário para a compreensão da semiosfera sefardita no Brasil, permitindo maior alcance das hipóteses levantadas e do reconhecimento dos elementos procurados. Objetivo que se realiza com a elaboração de uma iconografia no projeto Arquigrafia, utilizado como banco de dados e como plataforma de publicização e divulgação da pesquisa empreendida.