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Avaliação da inflamação e permeabilidade intestinal após o uso terapêutico de IgA do leite humano em recém-nascidos submetidos a cirurgia corretiva de gastrosquise

Processo: 25/04926-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de junho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de maio de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Saúde Materno-infantil
Pesquisador responsável:Magda Maria Sales Carneiro-Sampaio
Beneficiário:Manuela Greco Marques
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:22/13837-5 - Uso terapêutico do leite humano para recém-nascidos de risco e pacientes imunodeprimidos, AP.TEM
Assunto(s):Gastrosquise   Inflamação   Leite humano   Permeabilidade   Imunologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:gastrosquise | IgA secretória | Inflamação | leite humano | Permeabilidade | Imunologia

Resumo

A gastrosquise é uma malformação congênita da parede abdominal caracterizada pela exteriorização de alças intestinais através de um orifício paraumbilical, sem membrana protetora. A incidência global da gastrosquise tem aumentado nas últimas décadas, variando entre 1 a 5 casos por 10.000 nascidos vivos. A infecção constitui a causa principal ou associada de morte neonatal, em razão da imaturidade do sistema imunológico própria dessa faixa etária e das manipulações clínico-cirúrgicas necessárias para o tratamento. A passagem de anticorpos IgG pela placenta e IgA secretória (SIgA) presente no colostro e leite constituem uma forma de defesa essencial para o bebê. Os anticorpos IgA atuam impedindo a aderência e penetração de antígenos pelo epitélio das mucosas do RN sem desencadear reações inflamatórias, protegendo e estimulando o desenvolvimento e maturação do seu sistema imune. Uma ampla variedade de patógenos entra em contato com o organismo humano e o neonato conta principalmente com o sistema imune inato como primeira linha de defesa contra os microrganismos, uma vez que essa resposta amadurece mais rapidamente que a resposta imune adaptativa. Os neutrófilos, durante a inflamação aguda, secretam mieloperoxidase (MPO) e elastase (ELA) que são proteínas lisossomais liberadas durante o processo de degranulação, estando frequentemente aumentadas na inflamação intestinal. O aumento da permeabilidade intestinal, em geral, acompanha o processo inflamatório no intestino, e pode ser identificado pelo aumento de zonulina, uma proteína que modula a permeabilidade das junções comunicantes nas células epiteliais intestinais. Desta forma, o objetivo desse trabalho é avaliar a presença de MPO, ELA e zonulina em fezes de recém-nascidos submetidos a cirurgia corretiva de gastrosquise após o uso terapêutico de IgA do leite humano. Esse projeto consiste na continuação do estudo piloto denominado "Uso Terapêutico de Imunoglobulina A do Leite Humano em Recém-Nascidos Submetidos a Cirurgia Corretiva de Gastrosquise", realizado com 40 neonatos portadores de gastrosquise, que foram tratados via cateter orogástrico (COG) com a fase líquida do leite (n=20), ou com água destilada (n=20) de 8 em 8 horas durante todo o período de internação. Ao final desse estudo, observamos que o tempo de internação e número de infecções foi significativamente menor nos neonatos que receberam a fase líquida do leite associada ao leite materno. Neste projeto, será realizada a análise da inflamação e permeabilidade intestinal utilizando as amostras de fezes que foram coletadas semanalmente e imediatamente congeladas a -80oC para uso posterior. As dosagens de MPO, ELA e zonulina serão realizadas por ELISA com kits manufaturados segundo as instruções do fabricante. A análise estatística incluirá cálculos de média, mediana, desvio padrão e intervalos de confiança. As variáveis contínuas serão expressas em média ± desvio padrão ou mediana (mínimo e máximo), e comparadas pelo Teste t ou Mann-Whitney, conforme a normalidade dos dados. As associações lineares serão avaliadas pelos testes de correlação de Pearson ou Spearman. Será adotado um nível de significância de p<0,05. Os resultados obtidos neste projeto, permitirão a comparação entre o tratamento já realizado no estudo piloto (8 em 8 horas) com o tratamento que será feito com a administração da fase líquida do leite humano a cada 3 horas, proposto no projeto temático em andamento (Processo FAPESP 2022/13837-5, "Uso terapêutico do leite humano para recém-nascidos de risco e pacientes imunodeprimidos", subprojeto 1 - "Uso terapêutico de Imunoglobulina A do leite humano em recém-nascidos submetidos a cirurgias corretivas de malformações do trato digestivo e parede abdominal"). (AU)

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