Mortos que contam: Poéticas e políticas da restituição nas literaturas do Indico africano

• Processo: 24/17811-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2027
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Comparada
• Pesquisador responsável: Elena Brugioni
• Beneficiário: Eliana Milagros Diaz Muñoz
• Instituição Sede: Instituto de Estudos da Linguagem (IEL). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Narrativa Necropolítica
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Imagem Crítica | Literatura do Índico africano | Narrativa | Necropolítica | Restituição | Literaturas Africanas e Literaturas do Oceano Índico

Resumo

O projeto Mortos que contam: Poéticas e políticas da restituição nas literaturas do Índico africano é uma pesquisa que se situa nos campos da teoria literária e dos estudos visuais, da teoria pós-colonial e dos estudos do Oceano Índico (IOS) e visa refletir sobre a emergência do que Georges Didi-Huberman define como "imagem crítica" ou "imagem dialéctica" (1997) nas literaturas contemporâneas do Índico africano. Trata-se de um estudo sobre personagens mortos ou "viventes incorpóreos" que narram uma história nunca contada e portanto trata-se de sujeitos, jurídica e simbolicamente, despojados do direito de existir. A partir dos romances Tropique de la violence (2016) de Natasha Appanah, A Ilha dos mulatos (2021) de Sérgio Raimundo, Le Silence des Chagos (2005, 2016) de Shenaz Patel e do conto "O hotel das duas portas" (2005) de João Borges Coelho, pretende-se estudar as implicações estéticas e políticas da imagem crítica como estratégia de restituição face aos mecanismos necropolíticos (Mbembe, 2011) que pautam o contexto do Índico africano. (AU)