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Hipoparatireoidismo após paratireoidectomia em pacientes com neoplasia endócrina múltipla tipo 1

Processo: 25/04626-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de maio de 2025
Data de Término da vigência: 30 de abril de 2026
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Cirurgia
Pesquisador responsável:Fábio Luiz de Menezes Montenegro
Beneficiário:Rafaela Mendes Battiferro
Instituição Sede: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP). Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Neoplasia endócrina múltipla tipo 1
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:hiperplasia de paratireoide | Hipoparatireoidismo após paratireoidectomia | hypoparathyroidism | Men1 | multiple endocrine neoplasia | neoplasia endócrina múltipla tipo 1 | Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Resumo

A Neoplasia Endócrina Múltipla (NEM) tipo 1 é uma síndrome genética. Os portadores apresentam inativação do gene MEN1, o qual é um gene supressor de tumor. Pacientes com essa síndrome apresentam maior suscetibilidade ao desenvolvimento de neoplasias principalmente endócrinas, sejam elas malignas ou benignas, como os adenomas de paratireoide. Há estudos que mostram que 90 a 97% dos pacientes com a doença apresentarão hiperparatireoidismo primário, devido à hiperplasia ou neoplasia de uma ou mais glândulas paratireoides. O tratamento desta condição é cirúrgico, as técnicas usadas são paratireoidectomia subtotal ou total com auto-enxerto, pois a doença é multiglandular. Não há consenso sobre qual a melhor técnica a ser utilizada. Alguns fatores devem ser considerados, como risco de reincidência e evolução para hipoparatireoidismo definitivo, uma temida complicação. Considera-se, de forma arbitrária, um quadro definitivo quando está presente por mais de 6 meses após a cirurgia e é caracterizado por níveis insuficientes de paratormônio (PTH) circulantes mesmo na vigência de uma hipocalcemia. Parestesia, astenia, mialgia, alterações cardíacas - como prolongamento de intervalo QT no eletrocardiograma -, catarata e distúrbios psiquiátricos (ansiedade e depressão) são algumas das possíveis consequências de quadros de hipocalcemia. Embora as repercussões clínicas sejam importantes e mereçam atenção dos profissionais da saúde, ainda não existe estudo aprofundado sobre a evolução em longo prazo (por mais de 6 meses) do hipoparatireoidismo decorrente dos tratamentos cirúrgicos mencionados. Neste análise retrospectiva de 2 anos de seguimento, visamos avaliar a porcentagem de pacientes com NEM1 que desenvolveram hipoparatireoidismo após paratireoidectomia, verificar se houve mudança nessa porcentagem em um seguimento mais longo e se alguma técnica cirúrgica (paratireoidectomia subtotal ou total com auto-enxerto) determinou maiores porcentagens de evolução para esse desfecho clínico em 1 e 2 anos de seguimento. Para tanto, iremos coletar dados referentes à demografia e às análises séricas de cálcio total e iônico, fósforo, PTH e creatinina, bem como identificar outras condições clínicas que possam influenciar na análise do hipoparatireoidismo (uso de medicamentos, história de fome óssea, ingestão e suplementação de cálcio e vitamina D, cirurgia disabsortiva prévia e doença renal crônica). Com isso, faremos uma avaliação dos momentos 3, 6, 12 e 24 meses pós-operatório ou do último momento entre um e dois anos após a cirurgia. Vale ressaltar que, embora neste trabalho seja considerada a definição de hipoparatireoidismo anteriormente citada, com base na experiência dos autores, há uma dificuldade em se caracterizar essa condição na prática clínica. Nesse sentido, será considerado também como hipoparatireoidismo a condição do paciente que usa mais de 1g de cálcio e/ou usa qualquer dose de calcitriol, desde que o doente não esteja hipercalcêmico. Também será necessário diferenciar outros possíveis quadros clínicos, como fome óssea ou hipercalcemia iatrogênica.As informações coletadas e analisadas servirão para a prática clínica, tanto para decisões médicas como para comunicação com os pacientes, não só a respeito do risco de desenvolvimento de hipoparatireoidismo após a cirurgia, mas também sobre a chance de recuperação da condição de euparatireoidismo ao decorrer de um seguimento mais longo (2 anos) - o que, apesar de sua relevância clínica, ainda não foi claramente estudado. (AU)

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