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Prospecção e desenvolvimento do uso de ácaros predadores no controle de mosca-branca e tripes, com ênfase em cultivos extensivos de algodão e soja

Processo: 25/08695-5
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2025
Data de Término da vigência: 31 de julho de 2027
Área de conhecimento:Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade
Pesquisador responsável:José Roberto Postali Parra
Beneficiário:Ávyla Régia de Albuquerque Barros
Instituição Sede: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Universidade de São Paulo (USP). Piracicaba , SP, Brasil
Empresa:Universidade de São Paulo (USP). Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ)
Vinculado ao auxílio:18/02317-5 - Centro de Excelência em Controle Biológico, AP.PCPE
Assunto(s):Controle biológico   Manejo integrado de pragas
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Controle Biológico | Manejo integrado de pragas | Entomologia e Acarologia

Resumo

No centro-oeste brasileiro, a soja é a principal cultura estabelecida, sendo frequentemente rotacionada com a algodão ou milho. Esse sistema pode favorecer o rápido desenvolvimento e permanência de determinadas pragas nas áreas cultivadas devido à alta e frequente disponibilidade de alimento, sendo conhecido como ponte verde. Entre essas pragas, podemos citar a mosca-branca, Bemisia tabaci (Hemiptera; Aleyrodidae), bem como os tripes, principalmente dos gêneros Frankliniella e Caliothrips (Tysanoptera: Thripidae). Essas pragas eram consideradas como secundárias nos cultivos de soja e algodão. No entanto, desde as safras 2017/18, infestações maiores foram observadas em cultivos por todo Brasil, principalmente no centro-oeste. O controle químico tem sido o método mais empregado no controle dessas pragas, porém já sem resultados efetivos, devido as falhas nesse manejo, que têm favorecido o aumento dos casos de resistência, e consequentemente o aumento das pragas, gerando perdas na produção. O controle biológico tem sido uma ferramenta cada vez mais utilizada no manejo de pragas no Brasil. Dentre os agentes de controle biológico, os ácaros da família Phytoseiidae (Mesostigmata) são encontrados com frequência na parte aérea das plantas, inclusive algodão e soja, e são predadores de diversas pragas, incluindo a mosca-branca e o tripes. O uso de ácaros predadores no controle dessas pragas já está consolidado na Europa. Porém no Brasil, esse uso ainda é restrito a cultivos não-extensivos, e poucos utilizados para o controle de mosca-branca e o tripes. Estudos do Laboratório de Acarologia da ESALQ/USP têm demonstrado um grande potencial em relação a diversidade e potencial predatório dos ácaros predadores no Brasil. O gargalo principal para a utilização desses agentes está na falta de estudos aplicados para uma maior e efetiva utilização desses predadores, principalmente em cultivos extensivos de algodão e soja. O primeiro passo é prospectar esses agentes de controle biológico em cultivos de algodão e soja com problemas com mosca-branca e tripes, além de áreas adjacentes, para coletar populações de ácaros predadores adaptadas ao manejo de químicos dessas culturas. Essa prospecção ocorrerá em diferentes regiões produtoras do Brasil. Após essas coletas, será necessário estabelecer criações dessas diferentes populações de espécies de ácaros predadores prospectadas. Os primeiros testes envolverão o potencial de predação e oviposição das diferentes espécies de ácaros predadores sobre mosca-branca e tripes em laboratório, fazendo um comparativo com espécies que já são comercializadas no Brasil. Esses testes envolverão também a comparação de diferentes populações da mesma espécie, coletadas em diferentes localidades do Brasil. Aquelas com os melhores resultados em laboratório, serão testadas para o controle de mosca-branca e tripes em casa de vegetação com plantas de algodão e soja. Além disso, serão realizados testes de seleção de populações de ácaros predadores Phytoseiidae em relação a tolerância aos efeitos de umidade, temperatura, bem como tolerância aos produtos químicos mais utilizados nos cultivos de algodão e soja. Por fim, também serão realizados estudos para viabilizar criações em larga escala desses ácaros predadores com alimentos alternativos, principalmente ácaros Astigmatina. (AU)

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