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Caraterização fenotípica e genotípica de isolados de Klebsiella pneumoniae obtidos de pacientes colonizados

Processo: 25/11181-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2025
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2025
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Microbiologia - Biologia e Fisiologia dos Microorganismos
Pesquisador responsável:Ana Cristina Gales
Beneficiário:Beatriz Borges Gentil
Instituição Sede: Escola Paulista de Medicina (EPM). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus São Paulo. São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:21/10599-3 - Instituto Paulista de Resistência aos Antimicrobianos (Projeto ARIES), AP.CEPID
Assunto(s):Infecção   Klebsiella pneumoniae   Microbiota   Virulência   Doenças transmissíveis
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:colonization | genotypic and phenotypic characterization | infection | klebsiella pneumoniae | microbiome | Virulence | Infectious diseases

Resumo

Klebsiella pneumoniae (KPN) é um patógeno importante em infecções associadas a cuidados de saúde (HAIs). Em 2023, foi o segundo patógeno mais frequentemente relatado (n=4063) em infecções de corrente sanguínea em UTIs adultas em todo o Brasil, com 60,5% dos isolados mostrando resistência aos carbapenêmicos. A K. pneumoniae resistente a carbapenêmicos (CR-KPN) é classificada pela OMS como um patógeno de prioridade crítica para o desenvolvimento de antibióticos e está entre os microrganismos mais clinicamente relevantes no mundo. Globalmente, a K. pneumoniae foi responsável por mais de 150.000 mortes em 2019, com 55.700 mortes atribuídas à sua forma resistente a carbapenêmicos - aproximadamente 15% dessas ocorreram na América Latina e no Caribe.A resistência aos carbapenêmicos em KPN é geralmente mediada por carbapenemases, enzimas que hidrolisam os carbapenêmicos. Esses genes de resistência frequentemente estão presentes em plasmídeos, permitindo a transferência horizontal entre e dentro das espécies. Até 2020, a KPC (K. pneumoniae carbapenemase) era a carbapenemase mais comumente detectada no Brasil. No entanto, durante a pandemia de COVID-19, houve um aumento notável na detecção de NDM (New Delhi metalo-¿-lactamase) e na coprodução de KPC e NDM dentro da mesma cepa bacteriana. Essa mudança é preocupante, pois antimicrobianos mais recentes, como o ceftazidima-avibactam, são ineficazes contra cepas produtoras de metalo-¿-lactamase.A K. pneumoniae pode colonizar superfícies mucosas, especialmente o trato gastrointestinal, e pode translocar para a corrente sanguínea, levando à bacteremia, pneumonia, abscessos hepáticos e infecções do trato urinário, muitas vezes resultando em desfechos clínicos desfavoráveis. A colonização por CR-KPN é um fator de risco significativo para infecções invasivas subsequentes. Estudos mostraram taxas de infecção de corrente sanguínea variando de 4,5% a 7,9% em pacientes colonizados. Em grupos de alto risco, como os avaliados por Cano et al., 47% dos pacientes colonizados por KPC desenvolveram infecções, com uma taxa de mortalidade em 90 dias de 41,6% em comparação com 18% em indivíduos não colonizados. Temkin et al. também identificaram KPC e NDM como as carbapenemases mais comuns em pacientes colonizados que progrediram para infecções na corrente sanguínea.Essas descobertas ressaltam a maior suscetibilidade de pacientes colonizados por CR-KPN a doenças invasivas. No entanto, ainda existem lacunas importantes no conhecimento sobre os mecanismos microbianos que impulsionam essa progressão. Estudos recentes identificaram características moleculares em K. pneumoniae, como a expressão do sistema de secreção do tipo VI (T6SS), que podem aumentar a colonização e facilitar a invasão da corrente sanguínea. (AU)

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