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Uso de mudas de citrange Troyer como um sistema modelo para estuda a influência da temperatura na pinta preta dos citros causada por ascósporos e conídios de Phyllosticta citricarpa

Processo: 25/05785-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Estágio de Pesquisa - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2026
Área de conhecimento:Ciências Agrárias - Agronomia - Fitossanidade
Pesquisador responsável:Geraldo José da Silva Junior
Beneficiário:Leonardo Aparecido Brandão da Silva
Supervisor: Andre Drenth
Instituição Sede: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Universidade de São Paulo (USP). Piracicaba , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University of Queensland, Brisbane (UQ), Austrália  
Vinculado à bolsa:24/01277-0 - Produção e germinação in vitro de ascósporos de Phyllosticta citricarpa e reação de genótipos de citros inoculados com ascósporos e conídios, BP.DR
Assunto(s):Epidemiologia   Guignardia citricarpa   Fitopatologia
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Epidemiology | Guignardia citricarpa | Incubation period | Pre-penetration | Sexual reproduction | Fitopatologia

Resumo

A pinta preta dos citros é a terceira maior causa de queda prematura de frutos no cinturão citrícola paulista, o qual representa a maior área cultivada com laranja doce no mundo. A pinta preta é causada por Phyllosticta citricarpa, um fungo que produz ascósporos e conídios como inóculo. Apesar da importância dos ascósporos na disseminação e introdução em áreas livres dessa doença, poucos estudos têm sido realizados considerando esse inóculo. O desenvolvimento de um protocolo de produção de ascósporos em 2017 por pesquisadores australianos tem mudado esse cenário. Nosso grupo de pesquisa estudou o efeito de diferentes temperaturas e períodos de molhamento na germinação in vitro de ascósporos e conídios de P. citricarpa, observando que ambos esporos apresentaram as mesmas temperaturas mínimas (~10ºC) e máxima (~40ºC) para germinar e formar apressório, mas a temperatura ótima para os ascósporos (~30ºC) foi maior que para os conídos (~24 ºC). Esse estudo foi realizado com isolados do Brasil; entretanto, para validar e usar esses resultados no desenvolvimento de um sistema de previsão para a pinta preta é necessário usar isolados de outros países e realizar estudos in vivo. Além disso, o longo período de incubação da pinta preta em frutos de laranja doce dificulta tais estudos in vivo. Desse modo, usar outras espécies de citros com período de incubação mais cutrto pode ser uma alternativa após a devida validação, tais como o citrange Troyer (Citrus sinensis x Poncirus trifoliata). Esse projeto terá como objetivos: i) avaliar a germinação in vitro de ascósporos e conídios de isolados de P. citricarpa da Austrália em cinco temperaturas; ii) avaliar a incidência e severidade da pinta preta em folhas de citrange Troyer inoculadas com ascósporos e conídos sob cinco diferente temperaturas; iii) avalia a intensidade da pinta preta em frutos de laranja doce inoculados com ascósporos e conídios em uma região semiárida, e utilizar mudas de citrange Troyer para monitorar o inóculo de P. citricarpa. Quatro isolados de P. citricarpa da Austrália de mating types compatíveis(MAT1-1 e MAT1-2) serão cruzados para se obter os ascósporos, enquanto os conídios serão coletados de dois desses isolados. Ambas as suspensoes de esporos serão depositadas em placas de Petri e armazenadas a 10, 25, 30, 35 e 40ºC, e a germinação dos esporos avaliadas 48 horas depois. Folhas de mudas de citrange Troyer serão inoculadas com suspensões de ascósporos e conídios e armazenadas a 10, 25, 30, 35 e 40ºC em câmaras de crescimento. Após o aparecimento dos sintomas, a incidência e severidade da pinta preta serão avaliadas semanalmente até 120 dias após a inoculação (DAI). A incidência e severidade finais, bem como a AACPD serão comparadas entre as temperaturas e ambos esporos. Em um pomar localizado em uma região semiárida, frutos de laranja doce serão inoculados com ascósporos e conídios e a intensidade da pinta preta avaliada ao longo do tempo. Em outro pomar de laranja doce sob condições de clima subtropical, mudas de citrange Troyer serão colocadas sob a copa da planta e algumas folhas serão usadas para avaliar os sintomas da pinta preta enquanto outras para extrair DNA e quantificar o inóculo de P. citricarpa por qPCR. OS resultados obtidos serão comparados com aqueles obtidos em nosso estudo com isolados brasileiros para validar o uso de mudas de citrange Troyer em estudos sobre o efeito de variáveis ambientais na intensidade da pinta preta, bem como no desenvolvimento de um sistema de previsão da pinta preta dos citros.

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