Análise funcional da possível toxina LIC11567 de Leptospira interrogans

• Processo: 25/16294-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Programa Capacitação - Treinamento Técnico
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica - Química de Macromoléculas
• Pesquisador responsável: Cristiane Rodrigues Guzzo Carvalho
• Beneficiário: Anielle Salviano de Almeida Ferrari
• Instituição Sede: Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 21/10577-0 - Centro de Pesquisa em Biologia de Bactérias e Bacteriófagos (CEPID B3), AP.CEPID
• Assunto(s): Biologia estrutural Leptospira interrogans Leptospirose Toxinas
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Biologia Estrutural | Leptospira interrogans | leptospirose | Lic11567 | Sistema de Secreção tipo II | toxina | Biologia estrutural

Resumo

Leptospira interrogans é o agente causador da leptospirose, uma doença infecciosa reemergente considerada uma zoonose mundial que afeta muitos animais, incluindo humanos. Roedores são os principais reservatórios de Leptospira e desempenham um importante papel no processo de transmissão dessa zoonose. Hamsters e porquinhos-da-índia são os animais mais suscetíveis àcolonização por Leptospira e podem ser usados como modelo para o estudo da leptospirose em humanos.No entanto, existem outras espécies de mamíferos capazes de armazenar e transmitir leptospirose, como musaranhos, ratazanas, marsupiais e ouriços. Em geral, os animais reservatórios de Leptospira são mais adaptados e não desenvolvem a doença, tendo apenas o papel de hospedar a bactéria e secretá-la para o ambiente externo através da urina, onde contamina o solo e a água. Água e solo contaminados servem como meio de propagação da bactéria para outros animais, sendo a via mais comum de transmissão para humanos e outros mamíferos. A bactéria Leptospira presente na água ou no solo pode penetrar na mucosa ocular, digestiva, respiratória ou genital quando em contato por um longo período, ou diretamente quando a pele é lesionada.Após a infecção, a bactéria viaja pelas vias linfáticas (uma via auxiliar para o sistema circulatório sanguíneo) e pelo sangue, onde se aloja e se multiplica principalmente nos túbulos renais, fígado, cérebro e olhos. A Leptospira, provavelmente devido à sua capacidade de formar agregados e biofilmes, pode sobreviver por meses em solo ou água úmidos. Isso faz com que a incidência de casos de leptospirose aumente durante períodos de enchentes, desastres naturais como maremotos e tornados, e em períodos de eventos esportivos, quando há maior suscetibilidade à transmissão da doença em esportes aquáticos. Dessa forma, a leptospirose pode se tornar um problema global de saúde pública. Nosso objetivo é o estudo funcional de uma suposta toxina LIC_11567 presente no cluster do sistema de secreção tipo II da Leptospira interrogans Copenhageni. Isso incluirá não apenas os componentes envolvidos na montagem do sistema secretor, mas também seus efetores e suas funções. (AU)