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Processos carbonáticos do Neógeno na margem sul brasileira

Processo: 25/09571-8
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado Direto
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2026
Área de conhecimento:Ciências Exatas e da Terra - Geociências - Geofísica
Pesquisador responsável:Luigi Jovane
Beneficiário:Mateus Alexander Campeche Gama
Instituição Sede: Instituto Oceanográfico (IO). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Bacia de Santos   Geofísica marinha
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Bacia de Santos | Banco Besnard | diagênese carbonática | estratigrafia sísmica | Plataformas carbonáticas tropicais | Geofísica Marinha

Resumo

A plataforma continental brasileira, uma das mais extensas do planeta, manteve-se relativamente estável ao longo do Cenozóico, tornando-se um laboratório natural para o estudo das plataformas carbonáticas. Esse cenário possibilita a investigação das variações climáticas globais, como mudanças no nível do mar e na temperatura, além das transições geométricas das plataformas. Estudos em Geologia Marinha e levantamentos de dados da Indústria do Petróleo têm sido fundamentais para a exploração de reservatórios potenciais, na análise da geomorfologia e evolução paleoambiental dessas plataformas carbonáticas. As plataformas carbonáticas tem sido amplamente estudadas Neógeno por ser o principal período de propagação durante o Cenozóico. Esses estudos focam no Atlântico Norte e Central, Mar Mediterrâneo e Indo-Pacífico. No entanto, ainda há lacunas no conhecimento sobre sua evolução no Atlântico Sul, especialmente considerando sua grande extensão e os impactos de fatores paleoambientais, como o aquecimento global. Compreender as respostas das plataformas brasileiras às mudanças climáticas globais é, portanto, essencial. Este estudo foca em duas áreas: a Bacia de Santos e o Banco Besnard, abordando três escalas temporais distintas. A Bacia de Santos, principal região produtora de petróleo do Brasil, é analisada no primeiro capítulo quanto à evolução das plataformas carbonáticas tropicais desde o Oligoceno Tardio até o Quaternário. No terceiro capítulo, examina-se a variação das fácies sísmicas para investigar a formação de um buildup no norte da Bacia, com dados de alta resolução que abrangem o período desde o Último Máximo Glacial. Já o segundo capítulo trata do Banco Besnard, parte da Cadeia Vitória-Trindade, uma região vulcânica ativa durante o Mioceno e próxima ao Banco dos Abrolhos, uma das maiores plataformas carbonáticas modernas do Atlântico Sul. O Banco Besnard começou a se formar no Eoceno e persiste até o recente. A pesquisa empregou dados sísmicos convencionais (2D e 3D) da indústria do petróleo, sísmica de alta resolução e informações de poços (litologia e check-shot) para avaliar a estratigrafia das plataformas. Os resultados indicam que as plataformas tropicais do Atlântico Sul, situadas a cerca de 30° S, começaram a se formar no início do Mioceno. Essas plataformas passaram por uma transição geométrica, evoluindo de Isolated Carbonate Platform para Rimmed Shelf durante a fase agradacional-progradacional. No Quaternário, sofreram afogamento devido a intensas mudanças climáticas globais. No Banco Besnard, a plataforma carbonática evoluiu de agradacional para progradacional durante o Mioceno, período no qual ocorreu uma intensa dolomitização, associada a zonas de escape de fluidos identificadas nas seções sísmicas. O buildup estudado na Bacia de Santos foi identificado em seções sísmicas 2D convencionais e detalhado nas seções de alta resolução. Nessas imagens, observou-se um padrão de refletores apagados abaixo do buildup e uma anomalia de amplitude elevada, paralela a esses refletores esbranquiçados. Os resultados demonstram que as plataformas carbonáticas do Atlântico Sul foram influenciadas por fatores locais e globais, ressaltando a importância da investigação sísmica com múltiplas metodologias para detalhar os processos evolutivos da geometria dessas plataformas. (AU)

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