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Por uma poética do selvagem: linhas de criação entre corpo, ciência e arte

Processo: 24/17255-6
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Doutorado
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2025
Data de Término da vigência: 31 de março de 2028
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Educação
Pesquisador responsável:Antonio Carlos Rodrigues de Amorim
Beneficiário:Mariane Schmidt da Silva
Instituição Sede: Faculdade de Educação (FE). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
Assunto(s):Artes   Biopolítica   Mapeamento geográfico   Corpo   Filosofia da diferença
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Arte | Biopolítica | Cartografia | Corpo | filosofia da diferença | Pesquisa-criação

Resumo

Esta proposta se associa ao projeto de pesquisa "Novas abordagens em Ciências e Matemática na escola: itinerários em Arte-Educação", financiado na modalidade Ensino Público (Fapesp/SEduc 15317). A presente pesquisa se propõe a analisar que corpos podem ser compostos com coletivos de professores da educação básica, a partir de encontros com e entre ciência, arte, escritas, em relações multiespécies e múltiplas cosmovisões. Inventar modos de fazer, cartografando corpos que possam escapar aos controles biopolíticos impostos pela ciência e pela própria escola. Em toda sua eficiência, máquinas de controle aprofundam-se nos processos educativos roubando subjetividades, desejando apropriar-se da vida, obstruindo a passagem dos afetos, moldando para si uma determinada humanidade e um determinado corpo. É urgente inventar modos de resistência e subversão para perfurar a máquina e criar novos mundos (im)possíveis. Cartografando mapas a partir dos afetos, de simbioses entre as espécies, de alianças entre humanos e não-humanos e Deleuze e Guattari e Krenak e... Experimentar a produção de um Corpo sem Órgãos com professores em movimentos de-formação, desejando provocar novos modos de existência por uma poética do selvagem. Compor com o desejo de atualizar conexões entre ciência e arte, partindo da sensibilização de corpos (esgotados) que habitam a escola. Pensar sobre e com o corpo. Criar estratégias para produzir um corpo vivo, a partir de experimentações entre diferentes saberes e linguagens. Criar, em coletivo e em múltiplas alianças, um corpo potente para existir, resistir e re-inventar (n)a educação. A partir de linguagens variantes e diferentes modos de compreender o mundo, abrimos brechas para re-sensibilizar os corpos para perceber a biologia, a escola e o mundo de forma a potencializar a vida. Que os acontecimentos desdobrados nestes encontros reverberem gestos e pedagogias mais sensíveis, ética e politicamente implicadas, considerando as diferenças e multiplicidades de saberes e existências. Dentre objetivos específicos destacamos: Coletar/produzir protocolos potentes de atuação como dispositivos para pensar/criar um corpo, buscando alianças com referências bibliográficas, artistas e práticas artísticas, cientistas e mitos indígenas que ajudem a conceber estes meios de ação; experimentar com diferentes saberes advindos de linguagens e epistemes variadas (científicas, artísticas e indígenas), propiciando que professores tenham acesso e possam compor com elas em suas práticas pedagógicas, atendendo à demandas éticas e políticas exigidas por lei em contexto educacional; fomentar discussões acerca do ensino de ciências e biologia na educação básica, problematizando questões como biopolítica e a não neutralidade da ciência; buscar e fazer parceria com artistas/cientistas que dão visibilidade a corpos outros, tornando possíveis inter-relações entre arte e ciência; estreitar as relações entre escolas públicas, universidades e produções artísticas e culturais; construir materialidades coletivas como obras de arte, textos, filmes, performances, dentre outros, com professores a partir das provocações despertadas no decorrer da pesquisa. A metodologia se pauta nas dimensões da pesquisa e da intervenção na forma de encontros entre a pesquisadora, parceiros (artistas, cientistas, membros de comunidades indígenas) ou dispositivos (leituras, práticas, filmes, obras de arte, deslocamentos, dentre outros) e professores da educação básica participantes, operando a partir do método cartográfico e da pesquisa-criação. Ambas abrem a possibilidade de compor uma pesquisa que se faça com os sujeitos e não se imponha sobre eles. Construir uma pesquisa que, ao ser pensada junto com as multiplicidades que encontra, se posiciona num lugar de enfrentamento aos moldes tradicionais de pesquisa em ciências humanas que, frequentemente, representam e conservam as relações desiguais de poder que perpassam o contexto acadêmico. (AU)

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