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Composições possíveis entre Poéticas Negras Feministas e a Saúde Pública Brasileira: uma análise especulativa a partir de trabalhos artísticos.

Processo: 25/23075-3
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2025
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2026
Área de conhecimento:Interdisciplinar
Pesquisador responsável:José Miguel Nieto Olivar
Beneficiário:José Farias dos Santos Junior
Instituição Sede: Faculdade de Saúde Pública (FSP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Vinculado ao auxílio:25/13995-8 - Futuros Cientistas em Cosmopolíticas do Cuidado: antirracismo, arte e contracolonialidade para a saúde., AP.R
Assunto(s):Artes   Decolonialidade   Raça   Saúde pública   Teoria crítica
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Artes | Decolonialidade | Gênero e sexualidade | raça | Saúde Pública | Teoria Crítica | Teoria Crítica, Arte e Política

Resumo

Esta proposta conduz um exercício de pesquisa teórica e especulativa, em que se objetiva compreender as possíveis relações e composições de futuro entre Poéticas Negras Feministas e a saúde pública brasileira - em suas dimensões políticas e epistêmicas. A poética negra femista trata-se de uma práxis radical e de uma abordagem à trabalhos artísticos propriamente anticolonial, que visa desvelar e dissolver os pilares modernos que possibilitam a reprodução de violências e iniquidades coloniais, raciais e cisheteropatriarcais, como proposto por Denise Ferreira da Silva (2019; 2019b). Assim, objetivamos compreender como trabalhos artísticos anticoloniais podem se relacionar epistemológica e politicamente com a análise crítica da saúde pública brasileira como instituição moderna (Olivar, 2025, no prelo), e contribuírem para pensar e compor novas formas de atuação teórico-epistêmica e sociopolítica neste campo. Para tanto, propõe-se construir um corpus com trabalhos artísticos de importantes artistas ativistas negras, LGBTQIA+, feministas e de/anticoloniais, a serem definidas a posteriori. Será realizada uma análise poética negra feminista de alguns de seus trabalhos artísticos (Silva, 2019b; 2021), a fim de compreender a emergência de reivincações e proposições anticoloniais exogenas aos marcos político-epistêmicos modernos, e que os desvelam e os recusam; prosseguirá-se para uma especulação das possibilidades de relação e composição de futuros entre tais proposições e a saúde. Com isso, almeja-se aprofundar e expandir o conhecimento sobre a reprodução de iniquidades em saúde (raciais, de gênero, sexualidade e classe) na saúde pública brasileira e suas possibilidades de enfrentamento, a partir de saberes exógenos ao regime disciplinar do atual marco moderno e perspectivas de/anticoloniais (negras e feministas) interdisciplinares entre os campos da saúde, das ciências sociais e das artes. Este trabalho auxiliará a compor as Oficinas de Composição de Futuros organizadas no seio do projeto "Cosmopolíticas do Cuidado no Fim do Mundo" (processo FAPESP n. 2021/06897-9), entre sua rede de pesquisadores e participantes, para reimaginar mundos outros, para além das violências coloniais, raciais e cisheteropatriarcais; e será importante para pensar as relações possíveis entre as práxis radicais anticoloniais negras, feministas e queer com a saúde pública brasileira no enfrentamento de iniquidades. (AU)

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