Nanopartículas biomiméticas de selênio contendo doxorrubicina para o tratamento de neuroblastoma

• Processo: 25/13296-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2025
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2026
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Medicina
• Pesquisador responsável: Valtencir Zucolotto
• Beneficiário: Marcela Eduarda Hernandes Oliveira
• Instituição Sede: Instituto de Física de São Carlos (IFSC). Universidade de São Paulo (USP). São Carlos , SP, Brasil
• Assunto(s): Doxorrubicina Neuroblastoma
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Doxorrubicina | Nanopartículas biomiméticas | Nanopartículas de selênio | Neuroblastoma | Nanomedicina aplicada ao tratamento do câncer

Resumo

O neuroblastoma (NB) é uma neoplasia sólida extracraniana que afeta predominantemente a população pediátrica, apresentando um comportamento clínico altamente heterogêneo e uma taxa expressiva de metástase em estágios iniciais. Classificado como a terceira neoplasia mais comum na infância, o NB de alto risco é frequentemente refratário aos tratamentos convencionais e associado a prognósticos desfavoráveis. A doxorrubicina (DOX), uma antraciclina amplamente empregada em protocolos quimioterápicos para NB, possui ação citotóxica baseada na interferência da topoisomerase II e geração de estresse oxidativo. No entanto, sua eficácia é comprometida por um perfil farmacocinético desfavorável, caracterizado por baixa seletividade tumoral, rápida eliminação sistêmica e toxicidade cumulativa, especialmente cardiotóxica. Nesse contexto, a nanomedicina desponta como uma estratégia promissora para superar essas limitações. As nanopartículas de selênio (SeNPs) se destacam por sua biocompatibilidade, propriedades antioxidantes e capacidade de induzir apoptose seletiva em células tumorais por meio da modulação redox. Quando funcionalizadas com membranas celulares tumorais, formando nanopartículas biomiméticas, essas estruturas adquirem propriedades de direcionamento homotípico, aumentando a especificidade tumoral, reduzindo a imunogenicidade e ampliando a estabilidade no meio biológico. Este projeto propõe a avaliação da eficácia terapêutica de nanopartículas biomiméticas de selênio carreadoras de doxorrubicina em modelos in vitro de neuroblastoma. A hipótese central baseia-se na sinergia entre a ação citotóxica da DOX e o estresse oxidativo induzido pelas SeNPs, gerando um duplo efeito terapêutico, potencializado por um sistema de entrega funcionalizado que aumenta a seletividade tumoral e reduz os efeitos adversos sistêmicos. Essa abordagem oferece ganhos significativos na eficácia terapêutica e poderá representar um grande avanço no desenvolvimento de terapias de precisão para neoplasias pediátricas agressivas. (AU)