Avaliação da associação do polímero Aminometacrilato a fluoretos na superfície dental: estudo in vitro e in situ randomizado cruzado.

• Processo: 24/17754-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de dezembro de 2025
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2027
• Área de conhecimento: Ciências da Saúde - Odontologia - Clínica Odontológica
• Pesquisador responsável: Alessandra Buhler Borges
• Beneficiário: Taiana Paola Prado Wrzesinski
• Instituição Sede: Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de São José dos Campos. São José dos Campos , SP, Brasil
• Assunto(s): Erosão dentária Esmalte dentário Fluoreto de sódio Polímeros Dentística restauradora
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: erosão dental | esmalte dental | Fluoreto de sódio | polímero | Dentistica Restauradora

Resumo

A frequência de indivíduos que apresentam erosão dental, principalmente crianças e adolescentes, tem aumentado expressivamente nos últimos anos. A evolução da condição com o passar dos anos pode resultar em graves perdas teciduais, com exposição da dentina, levando à dor e comprometimento da função e estética dos dentes, o que pode interferir na qualidade de vida do indivíduo. A etiologia multifatorial que leva ao desgaste erosivo torna complexa sua prevenção e tratamento. Estratégias preventivas com ênfase no uso de fluoretos apresentam limitações, portanto, a utilização de polímeros bioadesivos com objetivo de formar filmes protetores superficiais e aumentar a substantividade dos ativos presentes nos compostos fluoretados tem sido investigada, com destaque ao copolimero do polimetacrilato, o Aminometacrilato que apresentou resultados promissores em estudos prévios. Dessa forma, como continuidade ao processo de entendimento e caracterização do mecanismo de ação preventivo, neste trabalho, propõem-se mensurar o efeito da associação de soluções contendo copolímero Aminometacrilato (AMC 2%) e/ou Fluoreto de Sódio (F NaF - 225 ppm F-) sobre a superfície dental, bem como seu efeito protetor contra o desgaste dental erosivo. O projeto apresenta-se dividido em dois estudos. No primeiro estudo in vitro, será avaliada a energia de superfície de espécimes de esmalte e dentina bovina por goniometria (n=5/por grupo) após o tratamento com as soluções experimentais. Espécimes de esmalte e dentina bovina também serão caracterizados quanto à formação do filme protetor com as soluções experimentais por microscopia eletrônica de varredura e microscopia de força atômica. O segundo estudo será de modelo in situ, randomizado e cruzado, para mensurar o potencial de proteção das soluções experimentais sobre o esmalte e a dentina, frente a desafios erosivos/abrasivos. Para tal, em cada fase do estudo doze voluntários previamente selecionados utilizarão um dispositivo intraoral contendo seis espécimes de dentes bovinos (três em esmalte e três em dentina) que serão submetidos a ciclos de erosão, abrasão e remineralização por 5 dias. A cada dia serão realizados dois tratamentos de 1 min com uma das soluções experimentais. A abrasão por escovação será realizada por 15 s após os tratamentos com as soluções. O desafio erosivo será realizado com ácido cítrico a 0,3% (pH 2,6 - 5x/dia por 5 min). A erosão inicial será determinada por microdureza no primeiro dia de ciclagem (mensurada após o primeiro ácido e após o segundo ácido). Após o término da ciclagem, os espécimes serão removidos do dispositivo e será analisada a perda superficial (em ¿m) por meio da análise de perfilometria de contato e a formação de compostos fluoretados solúveis em KOH sobre a superfície do esmalte e dentina (¿g/cm²) por meio de um eletrodo íon específico. Os dados obtidos serão submetidos à análise estatística apropriada, de acordo com a aplicação dos testes de normalidade, a um nível de significância de 5%. (AU)