Problematizando o conceito risco através das práticas de assistência à infância e família engedradas pelo Projeto Broto Verde

• Processo: 05/51227-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2005
• Data de Término da vigência: 31 de janeiro de 2006
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia Social
• Pesquisador responsável: Hélio Rebello Cardoso Júnior
• Beneficiário: Marcelle Janine Silva
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
• Assunto(s): Assistência social Infância
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Assistencia Social | Controle | Infancia | Prevencao | Risco

Resumo

Foucault (1999a, p. 117-192) aponta que, a partir de meados do século XVIII, emerge uma nova tecnologia de poder essencialmente centrada no corpo, a qual denominou Sociedade Disciplinar Donzelot (1986, p. 15-47) assinala que nessa lógica de valorização da vida, ocorrerá um movimento de conservação das crianças. Deleuze (1992, p. 219-226) aponta para um segundo momento, a Sociedade de Controle, em que formas de controle ao ar livre se instalam, exercendo uma modulação contínua e interminável. Assim, a infância, tomada como um período determinante na formação do sujeito, tornar-se-á alvo de equipamentos sociais de controle que (re)produzem saberes sobre a mesma. No Brasil, após inúmeros debates e mudanças na legislação, temos a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente como a mais recente expressão de políticas públicas de atenção à essa população, visando o seu "desenvolvimento integral". Porém, observamos que, na realidade, criam-se programas assistencialistas que atuam como dispositivos de "gestão dos riscos" (Castel, 1981, p. 125-129). Nossa pesquisa propõe-se, então, a problematizar o conceito "risco", através do Projeto Broto Verde, e analisar em que medida essas práticas preventivas naturalizam e cristalizam as concepções de infância e de família que se lhe atravessam. (AU)