Estilos de apego em bebês e depressão pós-parto

• Processo: 07/58461-2
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de junho de 2008
• Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2009
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - Psicologia - Psicologia do Desenvolvimento Humano
• Pesquisador responsável: Vera Silvia Raad Bussab
• Beneficiário: Carla Cristine Vicente
• Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Depressão pós-parto
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Apego | Depressao Pos Parto | Desenvolvimento | Psicologia Evolucionista | Situacao Estranha

Resumo

O presente projeto de Pós-Doutorado visa avaliar o desenvolvimento dos estilos de apego em bebês filhos de mães com e sem depressão pós-parto (DPP). Este estudo se insere no projeto temático "Depressão Pós-Parto Como Fator de Risco no Desenvolvimento: estudo interdisciplinar dos fatores envolvidos na gênese do quadro e em suas conseqüências", submetido à FAPESP, no qual mãe e bebê são acompanhados desde o terceiro trimestre de gestação até o 3o ano de vida do bebê. A avaliação da presença de indicadores de depressão pós-parto será feita no terceiro mês depois do parto. A classificação do estilo de apego ocorrerá quando os bebês estiverem com quatorze meses, através de análises de filmagens das interações do bebê com a mãe e com uma pessoa desconhecida, em situação de brincadeira, conforme os procedimentos da "Situação Estranha", descritos por Ainsworth, Blehar, Waters e Wall (1978) e ampliados por Main e Solomon (1990). Os padrões de apego identificados serão correlacionados com a expressão de afeto por parte da mãe, com os estilo de relacionamento da mãe e do bebê e com o sexo dos bebês. O intuito é verificar se os estilos de apego do bebê são influenciados pela DPP materna, bem como pelo conjunto de variáveis investigadas no projeto mais amplo: histórico social e afetivo da mãe, apoio social, história reprodutiva, e outros. As evidências da importância das interações sociais para a formação da vinculação afetiva e para o desenvolvimento emocional e cognitivo subseqüente conferem um significado especial para a compreensão dos efeitos de fatores potenciais de risco associados ao desenvolvimento inicial, como o representado pela depressão pós-parto. A investigação do apego neste projeto temático é propícia, pela possibilidade de integração de dados, dentro de uma análise sistêmica, considerando que se trata de um fenômeno internacional multi-determinado, difícil de capturar, e pela ampliação das informações que pode fornecer sobre a DPP como fator de risco para desenvolvimento. (AU)