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Sistema renina angiotensina (sra) tecidual e reatividade vascular em serpentes da familia colubridae

Processo: 08/54351-0
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de novembro de 2008
Data de Término da vigência: 31 de outubro de 2009
Área de conhecimento:Ciências Biológicas - Biologia Geral
Pesquisador responsável:Maria Cristina Breno
Beneficiário:Marta Beraldo da Costa
Instituição Sede: Instituto Butantan. Secretaria da Saúde (São Paulo - Estado). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Receptores
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Angiotensina (Ang) | Aparelho Cardiovascular | Enzima Conversora De Ang | Musculatura Vascular | Receptor | Serpente-Familia Colubridae

Resumo

O sistema renina angiotensina (SRA) sistêmico e tecidual, através de uma cascata de reações enzimáticas, gera o octapeptídeo ativo angiotensina II (Ang II) que, ao interagir com os receptores AT1 e AT2, regula os sistemas cardiovascular, endócrino e neuronal. A interação Ang II-AT1 é diminuída em presença de ditiotreitol, enquanto há o aumento da interação Ang II-AT2, indicando existir ponte de dissulfeto importante para a função. Esta característica, junto com os antagonistas seletivos Losartan (AT1) e PD 123319 (AT2), auxiliam na identificação desses subtipos de receptores. Ang II também interage com receptor cuja principal característica é a insensibilidade aos antagonistas seletivos, por isso são classificados como atípico. Esse subtipo foi detectado em rato, camundongo, gerbil, rã, galinha, peru, pombo e peixe, Nas serpentes da família Viperidae, Bothrops jararaca e Crotatus durissus terrificus, foi caracterizado o SRA tecidual. Ang II produz vasoconstrição interagindo com receptor atípico, cuja resposta biológica é diminuída frente ao ditiotreitol. Enzima conversora de angiotensina, passo limitante na formação de Ang II a partir de seu precursor inativo Ang I, foi detectada no tecido vascular desses duas serpentes. A presença do receptor atípico e SRA funcional em serpentes é o primeiro relato para esse subtipo no grupo dos répteis. Diferentes receptores de Ang II em distintos grupos de vertebrados pode ser indício de um processo evolutivo dos mesmos. Propomos avaliar a presença e função do SRA tecidual em outra família de serpentes, Colubridae, as quais ocupam nichos diversos daqueles das Viperidae. Isso nos dará subsídios para estabelecer correlações com os demais subtipos de receptores conhecidos em vertebrados. As serpentes representam vertebrados interessantes para o estudo da função cardiovascular pela morfologia diferenciada, capacidade adaptativa a diferentes nichos ecológicos e as influências gravitacionais. O SRA co-evoluiu com os vertebrados e exerce papel importante na função cardiovascular, podendo o seu estudo contribuir para entender os receptores de Ang II e sua dinâmica funcional em vertebrados. (AU)

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