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Violência e saúde: concepções e vivências de profissionais de uma Unidade Básica de Saúde

Processo: 08/10310-9
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de março de 2009
Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2010
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Pesquisador responsável:Ione Morita
Beneficiário:Cristiano Claudino Oliveira
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FMB). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Botucatu. Botucatu , SP, Brasil
Assunto(s):Pessoal de saúde   Violência (criminologia)
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Profissionais de Saúde | Saúde | Violência | Saúde Pública

Resumo

O conceito atual de saúde compreende o indivíduo como um organismo bio-psico-social, produto da articulação de fatores relacionados às condições de vida e aos determinantes históricos de cada sujeito. Nos últimos anos, acoplada a nova tendência da transição epidemiológica, a questão da violência assumiu importante protagonismo nas estatísticas internacionais e nacionais de morbimortalidades. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde definiram-na como "o uso da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação". A violência é um fenômeno de múltiplas causas e manifestações sociais. Historicamente, o setor da saúde convencionou relatá-lo como um problema de segurança pública. A pluralidade assumida pela violência atualmente, entretanto, exige uma resignificação de seu conceito e de sua abordagem pelos profissionais de saúde, sobretudo aqueles atuantes na atenção primária à saúde. Os objetivos do projeto incluem a identificação das percepções dos profissionais de uma unidade básica de saúde (UBS) sobre violência, bem como de suas estratégias de conduta frente a casos relacionados a essa temática. O cenário do estudo será a Área de Abrangência da UBS-Jardim Cristina, localizada na periferia do município de Botucatu/SP. Os 17 profissionais (seis médicos, uma enfermeira, sete auxiliares de enfermagem, dois técnicos de enfermagem e um técnico administrativo) da UBS-Jardim Cristina serão convidados para concederem entrevistas, as quais serão gravadas com consentimento dos participantes e posteriormente transcritas ipsis literis para análise qualitativa das respostas. A compreensão da realidade "violência e saúde" pelos profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) passa pela necessidade de identificar como esses atores sociais explicam a situação e compreendem essa realidade. A metodologia qualitativa possibilita uma ampliação dessa observação, alcançando níveis de realidade de difícil quantificação, uma vez que explora, pela comunicação, as Representações Sócias envolvidas na questão estudada. O entendimento qualitativo dessa representação social, no presente estudo, será promovido com uma entrevista semiestruturada, combinando perguntas fechadas e abertas, em que os entrevistados terão a possibilidade de discorrer sobre o tema em questão sem se prender às indagações formuladas. A análise do discurso engloba os componentes linguísticos e o conteúdo das falas, garantindo a compreensão das representações sociais. Os temas, unidades de significação que se libertam naturalmente do discurso analisado, serão agrupados conforme a similaridade de seus significados, sendo também categorizados para análises estatísticas com intuito de determinar a regularidade temática emergida nas falas. O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB UNESP). (AU)

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