O chiste em joao guimaraes rosa: uma leitura de quatro contos a partir da psicanalise dos chistes e das "formas simples" de andre jolles.

• Processo: 00/04013-0
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2000
• Data de Término da vigência: 28 de fevereiro de 2001
• Área de conhecimento: Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
• Pesquisador responsável: Joao Augusto Frayze-Pereira
• Beneficiário: Yudith Rosenbaum
• Instituição Sede: Instituto de Psicologia (IP). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Narrativa Inconsciente (psicologia) Psicanálise
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Chiste | Inconsciente | Mito | Narrativa | Proverbio | Psicanalise

Resumo

A proposta deste estudo crítico é desenvolver a análise e a interpretação de alguns contos de João Guimarães Rosa, a partir da Psicanálise dos Chistes e das "Formas Simples" de André Jolles, tais como o ditado, a adivinha, a legenda, o caso, o chiste, a saga e o mito. À luz desses referenciais, utilizados como ferramentas para as abordagens estilístico-temáticos, pretende-se realizar uma leitura atenta às expressões do inconsciente na obra rosiana, considerando tanto a teoria freudiana da economia psíquica, quanto às noções de "disposição mental" e "gestos verbais elementares", responsáveis pelo processo de formação das "formas simples" de Jolles. Interessa-nos partir da camada material e expressiva dos textos, surpreendendo nos jogos verbais (como as similaridades sonoras e/ou semânticas, alusões, citações, formações por duplos sentidos etc.), bem como no manuseio original dos provérbios e adivinhas, a representação de um mundo de fronteira, flagrado em seu momento de transição. De um lado, o espaço da sabedoria popular anônima, própria das narrativas orais tradicionais e, de outro, a construção de um sujeito moderno, dividido entre as demandas do prazer e da realidade. No chiste, reconciliariam-se as forcas de resistência e da gratificação. (AU)