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Corpo, intimidade e câmera: uma análise sobre o significado da tortura na produção audiovisual brasileira recente

Processo: 10/00602-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2010
Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2010
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Sociologia - Outras Sociologias Específicas
Pesquisador responsável:Mauro Luiz Rovai
Beneficiário:Gabriela Peters Cremasco Gonçalves
Instituição Sede: Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (EFLCH). Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Campus Guarulhos. Guarulhos , SP, Brasil
Assunto(s):Cinema   Multimeios   Corpo   Intimidade   Tortura   Memória coletiva   Ditadura
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:audiovisual | cinema | Corpo | Ditadura militar brasileira | intimidade | Tortura | Sociologia do cinema e do audiovisual

Resumo

Este trabalho pretende utilizar três produções audiovisuais recentes como objeto de pesquisa, 15 filhos, Que bom te ver viva e Vlado: 30 anos depois, com o intuito de estudar as formas como estas obras enfocaram os mecanismos de tortura no Brasil durante o período militar. A ideia é trabalhar os vários elementos estéticos presentes nessas produções - como, por exemplo, enquadramentos, ritmo da narrativa, movimentos de câmera e a articulação entre imagem e sons (inclusive diálogos) - buscando assim destacar os aspectos sociológicos trazidos à tona pelos três filmes. Nesse sentido, o centro da análise girará em torno da questão que mobiliza os depoimentos sobre a tortura, pois, em grande medida, tais depoimentos tratam não apenas de um passado vivido, mas de fragmentos de memória que ganham força quanto mais o passado é revisitado pelo presente. O objetivo deste trabalho não é estudar a tortura ocorrida durante a ditadura militar no Brasil, mas analisar os possíveis significados que essa prática adquiriu na passagem dos depoimentos das pessoas que a sofreram para a esfera do audiovisual, quando o depoimento passa a integrar uma montagem fílmica. Para tanto, deve-se estudar como a tortura vivenciada por elas, bem como as marcas que porventura tenham ficado em seus corpos e memórias (ou de seus amigos e parentes), passam a ser entendidos no filme. O trabalho de aproximação entre os recursos de expressão presentes no audiovisual e a dimensão social e política da questão da tortura, que envolve a luta entre a memória e o esquecimento acerca do passado recente do Brasil, é uma tentativa de compreender, por uma via diferente, o modo como as pessoas foram afetadas pela tortura naquilo que possuem de mais intocável: o seu corpo, a sua intimidade.

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