A primitiva vida monástica nas fontes hagiográficas e sua desconcertante relação com o mundo: o paraíso no deserto?

• Processo: 07/50329-8
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de maio de 2007
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2008
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Antiga e Medieval
• Pesquisador responsável: Ruy de Oliveira Andrade Filho
• Beneficiário: Ronaldo Amaral
• Instituição Sede: Faculdade de Ciências e Letras (FCL-ASSIS). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Assis. Assis , SP, Brasil
• Assunto(s): Imaginário
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Imaginario | Mentalidade | Mundo | Religiosidade | Tempo

Resumo

O tempo, objeto privilegiado do historiador, assim como espaço, na sua relação com o "saeculum”, serão por nós aqui investigados. O tempo cristão, linear e positivo, que com o advento deste credo se sobrepôs à idéia, mas ou menos unívoca, do tempo circular, do eterno retorno, próprio das sociedades da cultura clássica e de alguns povos de cultura e crenças autóctones, sucumbiu por sua vez, diante de uma sociedade cristã ideal, à monástica no deserto. Reincidência, persistência, uma nova dinâmica do tempo que respondia melhor às aspirações, aos sentimentos, às angústias daqueles ascetas e o que investigar. O mesmo se dá com a concepção e percepção do espaço-mundo que, marcado pela dualidade mundo terrestre-mundo celeste, encontrou por parte destes primitivos monges um lugar de intermediação, um espaço, e em conseqüência um tempo, de perfeição no mundo ordinário, com todas as suas circunstâncias ideais, que embora constituído no âmbito do imaginário, exasperou e animou seus espíritos a ponto de produzirem comportamentos e representações que desembocaram na produção das nossas fontes mesmas a serem aqui investigadas, filas este espaço/tempo ideal, construído por lugares e circunstâncias de mesma tessitura, ainda está por ser entendido, e tanto em sua gênese como em sua estrutura, principalmente na sua relação com os condicionamentos sócio-religiosos que o produziu. (AU)