A exclusão pelo silêncio: efeitos da hegemonia da língua inglesa no Quênia e na Tanzânia (1995-2005)

• Processo: 06/50780-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de março de 2007
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2008
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História Moderna e Contemporânea
• Pesquisador responsável: Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos
• Beneficiário: Ângela Lamas Rodrigues
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Assunto(s): Língua inglesa Diversidade cultural Tanzânia Quênia
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Africa Contemporanea | Hegemonia Da Lingua Inglesa | Linguas Africanas Maternas | Quenia | Resistencia | Tanzania

Resumo

Já se disse exaustivamente que a língua é fator de coesão identitária e mecanismo de reconhecimento de pertença a uma comunidade, sobretudo nacional. Nas ex-colônias britânicas da África, a oficialização da língua inglesa, historicamente estabelecida como hegemônica, atua em sentido oposto ao de uma suposta identificação comunitária, além de suscitar e potencializar processos de exclusão social, motivados pela associação imediata da língua inglesa a setores hegemônicos e a dificuldades de alfabetização de parcela significativa das sociedades. O presente projeto pretende analisar, sob uma perspectiva histórico-comparativa, o impacto causado pelo uso oficial da língua inglesa em duas ex-colônias britânicas, o Quênia e a Tanzânia, bem como as diferentes formas de resistência que surgiram nesses países, entre os anos de 1995 e 2005, em resposta à hegemonia da língua inglesa. O objetivo central do projeto consiste em investigar até que ponto a oficialização da língua inglesa opera, nessas ex-colônias britânicas, como fator de exclusão social e de impedimento da expressão da diversidade cultural de que essas regiões são palco, bem como documentar e analisar, no período proposto, os movimentos de resistência à anglofonia que buscaram promover a diversidade cultural e o sentido de pluralidade histórica e variedade de perspectivas e de temporalidades presentes na constituição nacional e comunitária desses países africanos. (AU)