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Estresse físico modula a reatividade à aceticolina do tecido pulmonar periférico e a expressão de citocinas inflamatórias em cobaias com inflamação alérgica crônica

Processo: 08/03964-2
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
Data de Início da vigência: 01 de julho de 2008
Data de Término da vigência: 30 de junho de 2010
Área de conhecimento:Ciências da Saúde - Medicina - Clínica Médica
Pesquisador responsável:Iolanda de Fátima Lopes Calvo Tibério
Beneficiário:Claudia Teixeira Cabido
Instituição Sede: Faculdade de Medicina (FM). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Asma   Estresse oxidativo   Óxido nítrico
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Asma | Estresse Físico | Estresse oxidativo | No | Terapêutica experimental

Resumo

O estresse pode ser definido como uma reação fisiológica do organismo a uma variedade de estímulos emocionais e/ou físicos que ameacem a homeostase, com participação relevante dos sistemas neuroendócrino e imunológico. As situações de estresse prolongado estão associadas com piora nas crises asmáticas. Entretanto, o papel exato do estresse na fisiopatologia da asma continua pouco evidente. A resposta ao estresse é resultado da ativação do eixo Hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), que produz o hormônio liberador de corticotropina (CRH) e dos sistemas simpático e adrenomedular (SMA). Recentemente, a presença de receptores para o hormônio CRH foi identificada em células de outros sistemas, como no sistema imunológico, linfócitos Th2, mastócitos, no sistema cardiovascular e sistema reprodutivo. Estes achados contribuem, mesmo que parcialmente, para o entendimento dos mecanismos que agravam os sintomas da asma frente a situações estressoras. Em nervos periféricos, músculos, órgãos linfóides e outros tecidos o hormônio cortisol liga-se aos receptores intracelulares específicos (GR), inibindo fatores de transcrição como o NF-kapa B, podendo atenuar a produção de vários mediadores inflamatórios. Desta forma, os glucocorticóides reduzem a desgranulação celular dos mastócitos, a liberação de histamina e leucotrienos. Neste contexto, o estresse agudo via ativação do eixo HPA e SMA pode produzir um importante efeito antiinflamatório. Por outro lado, uma hipótese alternativa que explica a relação das respostas dos sistemas imunológico, metabólico e nervoso, considera o modelo de resistência ao glucocorticóide e um desequilíbrio da resposta Th1/Th2, propiciando a ativação linfocitária Th2 (Irwin, 1994; Elenkov et al. 1999; Joachim et al., 2003). A asma é definida como uma doença inflamatória crônica de vias aéreas. Entretanto, a importância do tecido pulmonar periférico na fisiopatologia da asma vem sendo enfatizada recentemente e, as alterações foram reproduzidas em modelos animais de inflamação crônica pulmonar (Ludwig, 1997; Martins, 1993). Vários mediadores e moduladores, como o óxido nítrico (NO), estão envolvidos na fisiopatologia da asma e vem sendo descritos como potenciais responsáveis por diversas alterações estruturais e funcionais no pulmão. O óxido nítrico é capaz de modular o tônus vascular e broncomotor e está envolvido na imunomodulação. Prado et al. (2006) demonstraram que a inibição d a iNOS com o tratamento de 1400W reduziu o colágeno extracelular nas vias aéreas. A epinefrina e noraepinefrina são algumas das principais substâncias produzidas pela resposta fisiológica ao estresse, com efeito sinérgico na síntese de iNOS e na produção de NO. A natação forçada é uma técnica utilizada na indução do estresse em animais. É possível achar no lavado broncoalveolar de animais submetidos a modelos de estresse aumento significativo de eosinófilos, bem como aumento da hiperresponsividade brônquica à histamina (Tohda e cols 1998). As informações acima suportam a hipótese de que o estresse repetido pode ser considerado um fator que pode contribuir para a exarcebação da resposta inflamatória e funcional na asma. Além disto, a importância do parênquima pulmonar na fisiopatologia da asma vem sendo também enfatizada. Apesar destas evidências, a relevância do efeito do estresse no parênquima pulmonar distal ainda não foi analisada. Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo avaliar se a natação forçada repetida, utilizada como agente estressor, influencia a mecânica do tecido pulmonar periférico, bem como analisar os possíveis determinantes morfológicos destas alterações funcionais. Para tanto, avaliaremos a inflamação eosinofílica, a expressão celular de iNOS, o conteúdo de actina e colágeno e a ativação do estresse oxidativo no tecido pulmonar periférico de cobaias com inflamação alérgica crônica pulmonar. (AU)

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