Um Brazil Pittoresco à colonização: Charles Ribeyrolles e a questão do trabalho no Brasil Imperial (1857-1962)

• Processo: 01/07953-6
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2001
• Data de Término da vigência: 30 de setembro de 2002
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História do Brasil
• Pesquisador responsável: Sidney Chalhoub
• Beneficiário: Leticia Gregorio Canelas
• Instituição Sede: Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Campinas , SP, Brasil
• Assunto(s): Trabalho Viajantes Colonização Imigração Imprensa
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Colonizacao | Imprensa Liberal | Rio De Janeiro | Trabalho | Viajantes

Resumo

Este trabalho de pesquisa aborda o que comumente é tratado pela "historiografia tradicional" como o "período de transição do trabalho escravo para o trabalho livre", ao longo do século XIX no Brasil. Tal abordagem parte da análise de uma "lógica social" do livro-álbum Brazil Pittoresco, produzida pelos "viajantes" franceses Charles Ribeyrolles e Victor Frond. O objetivo é entender em que contexto social e político se insere o discurso em prol da colonização européia no Brasil, explicitado pelo publicista em sua obra. O projeto de produção de Brazil Pittoresco foi realizado de 1857 a 1862, período de estadia daqueles franceses no Brasil. Neste período, Charles Ribeyrolles e Victor Frond estabeleceram uma rede de relações sociais com um grupo de liberais - ligados ao periódico Diário do Rio de Janeiro, como Joaquim. Saldanha Marinho, Quintino Bocaiúva e Teófilo Otoni, e jovens literatos como Machado de Assis e Manuel Antônio de Almeida - e com um grupo de franceses exilados, ligados ao hebdomadário publicado em francês também na Corte, Courrier du Brésil. A partir da leitura de Brazil Pittoresco e dos periódicos citados, e, finalmente, do cruzamento dos possíveis discursos sobre imigração e colonização européia no Brasil, tentarei compreender o contexto político em torno dessas questões e como os autores e seu livro-álbum se inserem nesse debate realizado na Corte. (AU)