Japoneses em foco: a cultura como crime político e elemento de resistência (1938-1945)

• Processo: 04/12857-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Iniciação Científica
• Data de Início da vigência: 01 de fevereiro de 2005
• Data de Término da vigência: 31 de dezembro de 2005
• Área de conhecimento: Ciências Humanas - História - História do Brasil
• Pesquisador responsável: Maria Luiza Tucci Carneiro
• Beneficiário: Marcio Harley Kurossu
• Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 99/09216-7 - Projeto integrado arquivo/universidade: inventário acervo DEOPS, AP.TEM
• Assunto(s): Cultura (sociologia) Japoneses Polícia Resistência ao governo
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Associacao | Cultura | Escola | Japoneses | Policia

Resumo

As manifestações culturais ocorrem no cotidiano. Portanto, entendemos que a formação cultural de uma comunidade faz parte de um processo dinâmico em constante transformação, sendo influenciado por acontecimentos políticos, econômicos e sociais. O Brasil viveu, sob o governo de Getúlio Vargas (1930 - 1945), tempos de forte nacionalismo cujas diretrizes entravam em conflito com os imigrantes, dentre os quais os japoneses. Estes intensificaram sua vinda, a partir de 1925, e trouxeram sua contribuição para a formação da identidade brasileira. No entanto, por preservarem sua identidade de origem, entraram em conflito com o projeto étnico-político, estado novista. Sob a ótica das leis nacionalistas a cultura milenar japonesa foi tida como indesejável por ser diferente da influência ocidental do Brasil. As Leis de Nacionalização, aprovadas em 1938, colocaram na ilegalidade e submeteram a vigilância e repressão policial todas as manifestações culturais estrangeiras interpretadas como perigosas e nocivas. As circunstâncias se agravaram, a partir de 1942, quando o Brasil rompe com os países do Eixo, a partir deste momento seriam "inimigos da nação". O exercício de conhecer, ainda que minimamente a identidade brasileira hoje, nos leva a procurar compreender o passado de resistência daqueles que escolheram o Brasil como pátria. É através da documentação confiscada pelo DEOPS que está vertente pode vir a ser conhecida e interpretada. (AU)