Reflexão teórica sobre a arquitetura no Brasil: 1990-2010

• Processo: 09/18413-4
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de agosto de 2010
• Data de Término da vigência: 31 de julho de 2012
• Área de conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas - Arquitetura e Urbanismo - Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo
• Pesquisador responsável: Ruth Verde Zein
• Beneficiário: Maria Alice Junqueira Bastos
• Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU). Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM). Instituto Presbiteriano Mackenzie. São Paulo , SP, Brasil
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: arquitetura e meio ambiente | arquitetura e paisagem | construção da paisagem | contemporaneidade arquitetônica | estar no mundo | prática e teoria arquitetônicas | História e teoria da arquitetura

Resumo

A pesquisa propõe ensaiar, a partir da análise de uma seleção da produção arquitetônica dos últimos vinte anos no Brasil, uma reflexão teórica sobre a contemporaneidade na arquitetura desenvolvida no país, entendendo-a como manifestação delimitada, mas não isolada, inserida em um planeta global e parte de um panorama denso e complexo, considerando-a a partir de seu âmbito disciplinar e nas relações que estabelece com seu meio ambiente. A motivação para essa reflexão teórica parte do entendimento de que o contemporâneo em arquitetura, desde os últimos anos do século passado, é passível de ser formalmente reconhecível, apesar da ampla variedade tecnológica e programática com que se situa e concretiza.Talvez seja na sua inserção na paisagem, na maneira da obra projetar seu estar no mundo, que resida a chave para uma maior compreensão dos vetores de mudança da arquitetura recente, compreendida principalmente em seu fazer artístico. O contemporâneo trabalha com a cidade híbrida e projeta seu lugar, daí a construção ser tratada como objeto único porque situado, de forma que a imbricação do novo com o existente crie uma arquitetura topograficamente significativa. Em termos de resultados formais, algumas características parecem ser recorrentes, como o emprego da abstração em sólidos regulares ou não, a exploração dos materiais de fechamento quer na confecção de texturas ou na filtragem da luz, a expressão por vezes fragmentária, lançando mão de contrastes - opacidade e transparência, peso e leveza, regra e liberdade, tradição e inovação.