A ligação do ferro a macromoléculas nucleares e suas consequências para a formação de lesões oxidativas no DNA

• Processo: 97/09509-9
• Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Pós-Doutorado
• Data de Início da vigência: 01 de outubro de 1997
• Data de Término da vigência: 30 de junho de 1998
• Área de conhecimento: Ciências Biológicas - Bioquímica
• Pesquisador responsável: Clélia Rejane Antõnio
• Beneficiário: Clélia Rejane Antõnio
• Instituição Sede: Instituto de Química (IQ). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
• Vinculado ao auxílio: 95/09442-6 - Correlação entre homeostase de ferro e estresse oxidativo conseqüências para a produção de modificações oxidativas no DNA, AP.TEM
• Assunto(s): DNA Estresse oxidativo Ferro Proteínas
• Palavra(s)-Chave do Pesquisador: Celulas | Dna | Estresse Oxidativo | Ferro | Fosfoglicolato | Proteinas

Resumo

O ferro é um elemento essencial para os organismos vivos, no entanto, por ser um metal de transição, ele também participa de reações de formação de radicais livres que podem causar lesões em várias estruturas celulares. Dentre estas, o DNA nuclear é um alvo particularmente importante porque constitui a fonte da informação genética. Recentemente, verificamos que os terminais 3' das quebras de DNA produzidas por H2O2 em células de mamíferos contêm uma lesão denominada de 3'-fosfoglicolato (3'-pg). Esta estrutura necessariamente é resultante do ataque ao DNA por uma espécie altamente reativa, como o radical hidroxila gerado na reação entre íons de ferro (II) e H2O2. A incidência de 3'-pg é muito menor em desoxicitosina (dCpg) do que nos outros nucleotídeos, o que poderia estar correlacionado à uma complexação diferencial dos íons ferro com os diferentes nucleotídeos do DNA, ou a um reparo diferencial para dCpg. Dados recentes sobre os níveis de dCPg em células tratadas com H2O2 a 4 e 37ºC favorecem a primeira alternativa. Resultados preliminares obtidos pelo fracionamento de células enriquecidas com 55Fe e 59Fe também revelam a presença de ferro na cromatina, sendo que a eletroforese de extratos nucleares produziu diversas bandas de 59Fe-proteínas. Neste projeto pretende-se dar continuidade às investigações da estrutura do complexo Fe-DNA, distribuição intranuclear do ferro e caracterização das Fe-proteinas nucleares, tendo-se por hipótese que os íons de ferro associados à cromatina ou ligados às proteínas que se localizadas nas suas proximidades, estão envolvidos na produção das espécies radicalares responsáveis pelas lesões oxidativas no DNA. (AU)