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A relação pessoa e corpo: uma reflexão sobre os fundamentos do materialismo não-reducionista de Lynne Rudder Baker

Processo: 09/18444-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Exterior - Pesquisa
Data de Início da vigência: 01 de outubro de 2010
Data de Término da vigência: 31 de março de 2011
Área de conhecimento:Ciências Humanas - Filosofia
Pesquisador responsável:Jonas Gonçalves Coelho
Beneficiário:Jonas Gonçalves Coelho
Pesquisador Anfitrião: Lynne Rudder Baker
Instituição Sede: Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC). Universidade Estadual Paulista (UNESP). Campus de Bauru. Bauru , SP, Brasil
Instituição Anfitriã: University of Massachusetts, Amherst (UMass Amherst), Estados Unidos  
Assunto(s):Mente   Realismo   Materialismo
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Constituição de Propriedades | Corpo | Lynne Rudder Baker | mente | pessoa | Realismo Prático | Filosofia da Mente

Resumo

Alguns filósofos materialistas pensam, contra o dualismo de substância, que a mente não pode ser separada do corpo e do ambiente no qual está situada. É o que defende a filósofa da mente Lynne Rudder Baker em sua Teoria da Constituição de Propriedades. Baker alega que prefere enfrentar o problema da relação pessoa e corpo em vez da relação mente e corpo porque esta última formulação implica a ideia de uma mente distinta e separada do corpo enquanto que a primeira está mais de acordo com sua concepção de uma mente incorporada e situada. Trata-se então de mostrar o quanto corpo e ambiente são constitutivos da "pessoa" tal como definida pela filósofa, ou seja, em termos da perspectiva de primeira pessoa ou autoconsciência. Dependente de condições estruturais e ambientais a pessoa seria uma entidade ontologicamente distinta do corpo que a constitui e de outros animais como o demonstrariam as suas principais realizações tais como arte, filosofia, ciência, moral, etc. Parece que, para Baker, a autoconsciência é não apenas uma condição necessária, mas também uma condição suficiente para aquelas realizações humanas, enquanto que o corpo desempenha apenas um papel indireto. Isto explicaria porque, segundo as palavras da filósofa, uma pessoa humana seria mais parecida com marcianos ou com máquinas autoconscientes - se eles existissem - do que com cachorros ou chimpanzés. Cabe a partir daí entender se haveria e, se for o caso, qual seria, segundo a filósofa, o papel das necessidades humanas ligadas à condição biológica dos seres humanos na constituição da autoconsciência. Para compreendê-lo alguns aspectos deverão ser considerados: 1. A concepção externalista de mente defendida por Lynne Baker, ou seja, as condições estruturais e principalmente ambientais para o surgimento da consciência e da autoconsciência; 2. A relação entre pessoa e corpo a partir da teoria da constituição de propriedades procurando mostrar não apenas o modo como Baker pensa essa relação, mas também problematizar essa aplicação da teoria da constituição de propriedades; 3. O significado de seu conceito de "incorporação" procurando analisar se não há no pensamento da filósofa um privilégio do psicológico em detrimento do biológico, da mente em detrimento do corpo; 4. Entendendo que a explicação da relação entre pessoa e corpo não elimina o problema da relação mente e corpo, procuraremos refletir sobre esta relação a partir da teoria da constituição de propriedades tomando como ponto de partida as críticas de Lynne Baker à ideia de superveniência de Jaegwon Kim. (AU)

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