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A canção na obra literária de Caio Fernando Abreu

Processo: 98/06597-7
Modalidade de apoio:Bolsas no Brasil - Mestrado
Data de Início da vigência: 01 de agosto de 1998
Data de Término da vigência: 30 de novembro de 2000
Área de conhecimento:Linguística, Letras e Artes - Letras - Literatura Brasileira
Pesquisador responsável:José Miguel Soares Wisnik
Beneficiário:Isabella Marcatti
Instituição Sede: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Universidade de São Paulo (USP). São Paulo , SP, Brasil
Assunto(s):Obra literária   Canção
Palavra(s)-Chave do Pesquisador:Anos 70 | Caio Fernando Abreu | Cancao | Literatura Brasileira

Resumo

A pesquisa que aqui se apresenta tem como objeto primeiro a obra literária de Caio Fernando Abreu (1948-1996). Mais especificamente, a análise estará concentrada no romance Onde Andará Dulce Veiga? e em alguns contos e crônicas. O corte no interior do conjunto é determinado pela relação fundamental entre texto e canção popular brasileira. Fundamental porque, ao longo da obra desse autor, podemos perceber, em diferentes momentos, com inflexões e entonações diversas, a presença da canção como elemento constitutivo da criação literária. Mais do que uma referência com a qual os textos estabelecem diálogos, as canções muitas vezes funcionam como elementos estruturadores da temática - da narrativa ou mesmo das suas variações tensivas. A análise da obra, mediada, portanto pela relação entre texto e canção, terá como resultado mais imediato a revelação desse mecanismo e suas implicações no processo de criação, do autor. Em segundo lugar, estaremos tratando Caio Fernando Abreu como um autor de seu tempo. Ou seja, será nosso interesse buscar a face de sua obra que revele as modalidades existenciais dos anos 70 e 80. O perfil que se esboça é aquele de uma certa classe média urbana brasileira. Pelos caminhos da ficção traçados pelo autor, nos embrenharemos no espaço ordinário da vida quotidiana na metrópole, no tempo desencantado da morte das utopias. Os prédios de apartamentos, as ruas e bares da cidade, a vida observada através de uma janela, as férias no litoral, os tipos urbanos (gays, prostitutas, artistas, burocratas, mendigos, jornalistas e paranóicos em geral), o trânsito, a solidão, o abandono, o envelhecimento de uma geração, tudo isso é matéria viva dos contos e crônicas de Caio. O que procuramos nesse caso, sem perder de vista a análise literária, é o viés antropológico e sociológico contido nas malhas do texto. Finalmente, concluído o trabalho, teremos tratado uma dimensão, representada pelo estudo conjugado de literatura e música popular brasileiras, que poderá fornecer novos e enriquecedores subsídios à pesquisa antropológica e sociológica no Brasil. (AU)

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