Busca avançada
Ano de início
Entree


Complexidade e tomada de decisão

Texto completo
Autor(es):
Eduardo Sangiorgio Dobay
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Física (IF/SBI)
Data de defesa:
Membros da banca:
Nestor Felipe Caticha Alfonso; Carmen Pimentel Cintra do Prado; Ronald Dennis Paul Kenneth Clive Ranvaud
Orientador: Nestor Felipe Caticha Alfonso
Resumo

Neste trabalho foi elaborada uma estrutura de modelos probabilísticos simples que pudessem descrever o processo de tomada de decisão de agentes humanos que são confrontados com a tarefa de prever elementos de uma sequência aleatória gerada por uma cadeia de Markov de memória L. Essa estrutura partiu de uma abordagem bayesiana em que o agente infere uma distribuição de probabilidades a partir de uma série de observações da sequência e de suas próprias respostas, considerando que o agente tenha uma memória de tamanho K. Como resultado da abordagem bayesiana, o agente adota uma estratégia ótima que consiste na perseveração na alternativa mais provável dado o histórico das últimas tentativas; por conta disso e de observações experimentais de que humanos tendem a adotar nesse tipo de problema estratégias sub-ótimas, por exemplo a de pareamento de probabilidades (probability matching), foram desenvolvidas variações sobre esse modelo que tentassem descrever mais de perto o comportamento adotado por humanos. Nesse sentido, foram adotadas as variáveis de troca de resposta (possível ação tomada pelo agente) e de recompensa (possível resultado da ação) na formulação do modelo e foram adicionados parâmetros, inspirados em modelos de ação dopaminérgica, que permitissem um desvio da estratégia ótima resultante da abordagem bayesiana. Os modelos construídos nessa estrutura foram simulados computacionalmente para diversos valores dos parâmetros, incluindo as memórias K e L do agente e da cadeia de Markov, respectivamente. Através de análises de correlação, esses resultados foram comparados aos dados experimentais, de um grupo de pesquisa do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, referentes a tarefas de tomada de decisão envolvendo pessoas de diversas faixas etárias (de 3 a 73 anos) e cadeias de Markov de memórias 0, 1 e 2. Nessa comparação, concluiu-se que as diferenças entre grupos etários no experimento podem ser explicadas em nossa modelagem através da variação da memória K do agente crianças de até 5 anos mostram um limite K = 1, e as de até 12 anos mostram um limite K = 2 e da variação de um parâmetro de reforço de aprendizado dependendo do grupo e da situação de decisão à qual os indivíduos eram expostos, o valor ajustado desse parâmetro variou de 10% para baixo até 30% para cima do seu valor original de acordo com a abordagem bayesiana. (AU)

Processo FAPESP: 11/16971-0 - Complexidade e tomada de decisão
Beneficiário:Eduardo Sangiorgio Dobay
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado