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Anatomia e morfogênese da margem do manto da vieira Nodipecten nodosus (L. 1758) (Bivalvia: Pectinidae)

Texto completo
Autor(es):
Jorge Alves Audino
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Instituto de Biociências (IBIOC/SB)
Data de defesa:
Membros da banca:
Sonia Godoy Bueno Carvalho Lopes; Flávio Dias Passos; Andreas Wanninger
Orientador: Sonia Godoy Bueno Carvalho Lopes; José Eduardo Amoroso Rodriguez Marian
Resumo

O atual conhecimento sobre a margem do manto em moluscos bivalves é extenso, incluindo informações sobre morfologia, função e diversidade. Bivalves da família Pectinidae, também conhecidos como vieiras, possuem complexa margem palial, organizada em três pregas, incluindo olhos e tentáculos. Questões acerca do desenvolvimento da margem do manto em bivalves continuam amplamente incompreendidas, assim como a relação entre características paliais ao longo dos diferentes estádios do ciclo de vida. Neste contexto, a presente investigação utilizou a espécie de vieira Nodipecten nodosus como modelo para compreensão da morfogênese da margem palial em Pectinidae, com ênfase na origem e diferenciação das pregas paliais e estruturas associadas. Para contemplar esses objetivos, espécimes em diferentes estádios de desenvolvimento larval e pós-metamórfico foram analisados por meio de técnicas integradas de microscopia (i.e., histologia, microscopia eletrônica de varredura e transmissão, e imunocitoquímica aplicada à microscopia confocal). Inicialmente, a margem palial em larvas véliger de N. nodosus não é pregueada, porém, ao longo do desenvolvimento, dois processos de evaginação são determinantes na formação das pregas paliais. O primeiro ocorre no estádio de pedivéliger, originando as pregas externa e interna, bem como o sulco do perióstraco. O segundo ocorre após a metamorfose, sendo responsável pela origem da prega palial mediana a partir da porção interna da prega interna. Os sistemas muscular e nervoso da margem palial têm origem durante o período larval, tornando-se amplamente desenvolvidos posteriormente. Estruturas associadas, como tentáculos e olhos paliais, são formadas apenas após a metamorfose, e compõem a complexa condição final da margem do manto em Pectinidae. Os diferentes tipos tentaculares possuem desenvolvimento e anatomia similar, entretanto diferem quanto ao tamanho, tipo de musculatura, organização ciliar e presença de células glandulares. Os olhos paliais em formação diferenciam-se gradualmente em sentido proximal-distal, essas características morfológicas sugerindo um nível simples de fotopercepção direcional como condição inicial. Os dados aqui apresentados para N. nodosus permitiram propor um modelo geral para o desenvolvimento da margem palial em Pectinidae, além de contribuir para o entendimento da morfogênese dessa região em Bivalvia (AU)

Processo FAPESP: 12/11708-1 - Anatomia e morfogênese da borda do manto da vieira Nodipecten nodosus (L. 1758)(Bivalvia: Pectinidae)
Beneficiário:Jorge Alves Audino
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado