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Difusão do construcionismo social entre terapeutas familiares: desafios e potencialidades

Texto completo
Autor(es):
Gabriela Silveira de Paula Ravagnani
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: Ribeirão Preto.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (PCARP/BC)
Data de defesa:
Membros da banca:
Carla Guanaes Lorenzi; Rosana Lazaro Rapizo; Emerson Fernando Rasera
Orientador: Carla Guanaes Lorenzi
Resumo

O campo da terapia familiar tem se desenvolvido a partir de diferentes contribuições teóricas e epistemológicas. Um dos desenvolvimentos recentes da terapia familiar tem se dado a partir da emergência do movimento construcionista social em ciência, levando, dentre outras mudanças, a uma maior ênfase nos processos de comunicação no contexto terapêutico. Considerando a crescente utilização das contribuições do construcionismo social pelos profissionais brasileiros envolvidos na prática clínica, consideramos relevante compreender como tem se dado essa transmissão de conhecimentos do campo teórico para o campo clínico. Assim, o objetivo deste estudo qualitativo é investigar a difusão do discurso construcionista social entre um grupo de terapeutas familiares brasileiros, focando em como este se constitui em um aporte útil para sua prática clínica. Foram entrevistados 14 terapeutas familiares, do sexo masculino e feminino, psicólogos, cuja atividade profissional atual envolve o trabalho com famílias, e possuem responsabilidade docente em institutos de formação em terapia familiar. As entrevistas foram gravadas em áudio e transcritas literalmente e na íntegra. A análise das informações foi realizada a partir das propostas construcionistas sociais em ciência. Parte do processo de análise e discussão dos resultados foi realizada em conjunto com a Profa. Sheila McNamee, Ph.D., durante um estágio de pesquisa na Universidade de New Hampshire. Na análise das entrevistas, focamos em dois eixos de discussão. Primeiramente, discutimos o que os participantes descrevem como sendo o construcionismo social, evidenciando as principais ideias e conceitos do construcionismo que norteiam sua prática e seu posicionamento como terapeutas. No segundo eixo, discutimos de forma crítica e reflexiva três maneiras distintas pelas quais os participantes aplicam as ideias construcionistas na prática, enfatizando implicações, possibilidades e limites que advêm deste uso. Ao longo de toda discussão dos resultados, articulamos a análise proposta com aspectos da difusão do construcionismo entre os participantes. Concluímos, a partir deste estudo, que a difusão do construcionismo social está atrelada às formas pelas quais os terapeutas atribuem utilidade aos conceitos teóricos descritos na literatura. Além disso, a sensibilidade ao construcionismo social é um aspecto da prática clínica que oferece diferentes formas dos terapeutas relacionarem-se com as abordagens do campo da terapia familiar, trazendo convites à prática da auto-reflexividade por parte dos terapeutas. (FAPESP) (AU)

Processo FAPESP: 12/17502-6 - Difusão do construcionismo social entre terapeutas familiares: desafios e potencialidades
Beneficiário:Gabriela Silveira de Paula Ravagnani
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado