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Força muscular perineal de primíparas segundo o tipo de parto: estudo transversal

Texto completo
Autor(es):
Edilaine de Paula Batista Mendes
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Dissertação de Mestrado
Imprenta: São Paulo.
Instituição: Universidade de São Paulo (USP). Escola de Enfermagem (EE/SBD)
Data de defesa:
Membros da banca:
Sonia Maria Junqueira Vasconcellos de Oliveira; Maria Luiza Gonzalez Riesco Bellini; Adriana de Souza Caroci
Orientador: Sonia Maria Junqueira Vasconcellos de Oliveira
Resumo

Introdução: A gravidez, o trabalho de parto e parto podem exercer influência sobre a musculatura do assoalho pélvico, o que pode ocasionar diminuição da força muscular, incontinência urinária e dispareunia de forma transitória ou permanente. Objetivos: 1. Identificar a força muscular do assoalho pélvico (FMAP) em primíparas no pós-parto normal e cesariana entre 50 a 70 dias pós-parto; 2. comparar a FMAP em primíparas segundo o tipo de parto, características sociodemográficas, clínicas e uroginecológicas da mulher, exercício perineal, dados do parto, condições do períneo e dados clínicos do recém-nascido. Método: Estudo transversal conduzido no Pronto Socorro e Maternidade Municipal Zoraide Eva das Dores e Unidades Básicas de Saúde do Município de Itapecerica da Serra, São Paulo, Brasil. A amostra foi constituída por 96 primíparas, sendo 24 pós-cesariana e 72 pós-parto normal, que atenderam aos critérios de inclusão. A FMAP foi avaliada por meio da perineometria (PeritronTM 9301, Laborie). Foram realizadas as análises descritiva e de variância a um e dois fatores. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (CAAE: 13545113.5.0000.5392). Resultados: Foram recrutadas 169 mulheres, dessas 96 (56,8%) constituíram a amostra e 73 (43,2%) foram excluídas por não retornarem a consulta para avaliação da FMAP com dois meses após o parto. A média de idade foi 21,7(±4,8) anos, a maioria das mulheres definiu ser de cor parda (56,3%), ter entre 10 e 12 anos de estudo (75%), viver com o companheiro (78,1%) e não exercer atividade remunerada (61,5%). A média da FMAP em primíparas foi de 24,0 cmH2O (±16,2) e 25,4 cmH2O (±14,7) de pós-parto normal e cesariana, respectivamente, sem diferença significativa (p=0,697). Para as variáveis sociodemográficas houve diferença significativa na FMAP, apenas para a variável escolaridade (p=0,036), a partir de 12 anos de estudo primíparas após o parto normal apresentaram valores de força muscular superiores daquelas de cesariana (42,0±26,3 cmH2O versus 14,6±7,7 cmH2O). Para as características clínicas e uroginecológicas não foi observada diferença na FMAP em relação ao tipo de parto. O exercício perineal realizado durante a gravidez, apresentou efeito na FMAP em primíparas pós-parto normal comparado àquelas submetidas à cesariana (42,6±25,4 cmH2O versus 11,8±4,9 cmH2O; p=0,010). Para as demais variáveis estudadas (dados do parto, condições do períneo e dados do recém-nascido) não foram observadas diferenças significativas da FMAP segundo o tipo de parto. Conclusão: A FMAP não difere entre primíparas de pós-parto normal e pós-cesariana. Primíparas de pós-parto normal, com 12 ou mais anos de estudo apresentam maior FMAP. Realizar exercícios perineais na gravidez está associado a maior FMAP em primíparas pós-parto normal. (AU)

Processo FAPESP: 13/01336-2 - Força muscular perineal de primíparas segundo o tipo de parto: estudo transversal
Beneficiário:Edilaine de Paula Batista Mendes
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Mestrado