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Geologia e alteração hidrotermal do prospecto aurífero Chapi Chiara e adjacências, sul do Peru, a partir de dados geológicos, de sensoriamento remoto, geoquímicos e magnéticos

Texto completo
Autor(es):
Thais Andressa Carrino
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Geociências
Data de defesa:
Membros da banca:
Alvaro Penteado Crósta; Emilson Pereira Leite; Jurandir Zullo Junior; Teodoro Isnard Ribeiro de Almeida; Jorge Silva Bettencourt
Orientador: Alvaro Penteado Crósta; Catarina Labouré Bemfica Toledo; Adalene Moreira Silva
Resumo

O sul do Peru contém importantes depósitos epitermais de Au-Ag (±metais base) de pequeno a médio porte, associados com a orogenia Andina do Mioceno-Plioceno. Uma análise sinóptica da região abrangendo os alvos Chapi Chiara, Cerro Millo, San Antonio de Esquilache e Cerro Chucapaca ¿ localizados em distintos paleoestratovulcões¿, foi feita via processamento e análise de imagem do sensor ASTER. Todos estes alvos são caracterizados por extensas zonas de alteração argílica avançada (alunita-caulinita) (AAA), à exceção de San Antonio de Esquilache, cuja alteração argílica (AA) (esmectita/ilita) e argílica avançada se restringe a intrusões dioríticas aflorantes. Diferentemente, o depósito epitermal de sulfetação intermediária Canahuire (Au-(Cu, Ag)) foi discriminado por extensos afloramentos NW-SE de rochas quartzosas (Grupo Yura/Juro-Cretáceo), e rochas carbonáticas (Formação Gramadal/Grupo Yura) e brechas freáticas e freatomagmáticas pobres em sílica que hospedam a mineralização. Modelo de favorabilidade para depósitos "tipo-Canahuire" foi produzido a partir da integração dos produtos ASTER usando-se a lógica fuzzy. Estudo de detalhe foi realizado no prospecto Chapi Chiara usando-se petrografia, geoquímica, espectroscopia de reflectância, dados de susceptibilidade magnética (SM), imagens da amplitude do sinal analítico e da primeira derivada vertical do campo magnético anômalo, além do processamento de imagens do sensor HyMap. As principais rochas vulcânicas amostradas compreendem andesito porfirítico (SM ~28×10-3 SI), tufo e lapilli tufo de composição riolítica (SM~0). O setor SW do prospecto é caracterizado por três subáreas com extensa AAA, marcadas por quartzo, K-alunita, alunita intermediária, Na-alunita, caulinita, dickita (±topázio, ±huangita, ± minerais APS, ±pirofilita, ±diásporo, ±rutilo) (SM ~0 a ~0,15×10-3 SI). Restritas zonas de AA (quartzo, ilita ± , ilita paragonítica ± , esmectita, ±pirita, ±rutilo) (SM ~0,01×10-3 SI) e de alteração propilítica (clorita, quartzo, calcita, epidoto, esmectita, ±caulinita, ±pirita, ± calcopirita, ± titanomagnetita e magnetita)) (SM ~3,45×10-3 a ~36,03 × 10-3 SI) ocorrem em setores distais. O setor central é marcado por brechas hidrotermais métricas/decamétricas com SM ~0 a 0,01×10-3 SI, compostas de fragmentos de rochas ricos em quartzo vuggy. Há considerável concentração de pirita e forte associação geoquímica de Au, Ag, As, Bi, Hg, Se, Sb, e Te. Os principais minerais supergênicos compreendem jarosita e goethita. As assembléias minerais hipógenas acima mencionadas revelam a existência de um sistema epitermal de alta sulfetação similar ao do prospecto aurífero Cerro Millo e aos dos depósitos auríferos Tucari e Santa Rosa, permitindo a inferência de idade relativa do paleoestratovulcão e da concomitante atividade hidrotermal em Chapi Chiara entre ~11 e ~4 Ma. Intenso processo de lixiviação magmático-hidrotermal visto nas zonas de AAA e AA paramagnéticas e diamagnéticas gerou duas extensas zonas desmagnetizadas NW-SE, compatíveis com o sistema de falhas regionais Condoroma-Caylloma. Estruturas de menor magnitude também aparecem (e.g., NE-SW, E-W). Embora estes trends sejam interessantes vetores exploratórios, a exposição de minerais formados em condições de maior temperatura (e.g., alunita+topázio, alunita+dickita+pirofilita, diásporo, alunita intermediária no setor SW), sugere tratar-se de núcleos mais erodidos, reduzindo-se o potencial de mineralização local, e/ou indicando a proximidade do limite de transição do domínio epitermal para um mesotermal em profundidade, com a possível existência de intrusão(ões) diorítica(s) próxima(s) à superfície do prospecto, similarmente ao que já é observado no alvo análogo de San Antonio de Esquilache (AU)

Processo FAPESP: 11/00106-8 - Geologia e alteração hidrotermal do prospecto aurífero chapi chiara e adjacências, sul do peru, a partir de dados geológicos, de sensoriamento remoto, geoquímicos e magnéticos
Beneficiário:Thais Andressa Carrino
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado