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Ontogenia de frutos e sementes de espécies de Passiflora (Passifloraceae - subgênero Decaloba (DC.) Rchb. seção Xerogona (Raf.) Killip)

Texto completo
Autor(es):
Juliana Foresti Milani
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Sandra Maria Carmello Guerreiro; Michaele Alvim Milward de Azevedo; Letícia Silva Souto; Simone de Pádua Teixeira; Juliana Lischka Sampaio Mayer
Orientador: Sandra Maria Carmello Guerreiro
Resumo

A morfologia externa e interna dos frutos e sementes de Passifloraceae Juss. ex Roussel é pouco conhecida ou até desconhecida para muitas espécies. Estudos morfoanatômicos de frutos e sementes têm grande importância já que os mesmos exibem pequena plasticidade fenotípica. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo elucidar a ontogenia do fruto e da semente de quatro espécies de Passiflora L. subgênero Decaloba (DC.) Rchb. superseção Decaloba (DC.) J.M. Macdougal & Feulliet seção Xerogona (Raf.) Killip que apresentam frutos do tipo cápsula, condição incomum na família. Para tanto, o material vegetal foi coletado e processado segundo técnicas convencionais em microscopia de luz e eletrônica, além da aplicação de técnica específica (TUNEL) para detecção de morte celular programada no estádio de deiscência do fruto. Foram estabelecidos estádios de desenvolvimento para os frutos e as sementes: Estádio I: Ovário e óvulo; Estádio II - fruto e semente em início de desenvolvimento: frequentes divisões celulares; Estádio III - fruto e semente jovens: alongamento celular; Estádio IV - fruto e semente maduros: diferenciação celular e deiscência do fruto. Nos estádios II a IV do fruto, o epicarpo e o endocarpo são uniestratificados e as maiores modificações decorrentes do desenvolvimento do fruto ocorrem no mesocarpo. Ao longo do desenvolvimento aumentam os espaços intercelulares a partir do endocarpo em direção ao epicarpo. Não há a formação de uma linha de deiscência. Os espaços intercelulares ocorrem devido à morte celular programada formando lacunas que acabam por romper o pericarpo. Os testes histoquímicos indicaram a presença de idioblastos contendo compostos fenólicos e proteínas no tecido fundamental do ovário e no mesocarpo. As sementes das espécies estudadas são bitegumentadas. A testa é constituída de duas camadas: exotesta e endotesta. O tégmen é composto por três camadas: exotégmen, mesotégmen e endotégmen. No início do desenvolvimento da semente observou-se o arilo de origem funicular, formado por células parenquimáticas e idioblastos contendo compostos fenólicos e amido. O desenvolvimento dos tegumentos da semente se dá pelo alongamento diferencial das células do exotégmen e da endostesta. Esse processo resulta na ruminação do endosperma. Na semente madura o tegumento externo formará a sarcotesta. Neste estádio, o exotégmen constitui a camada mecânica formada por macroesclereídes em paliçada, representando a esclerotesta. As informações encontradas no presente estudo revelam que as características morfoanatômicas de fruto e semente são bastante conservadas e unificadoras na seção. Diante do exposto, destaca-se a importância de novos estudos abrangendo mais espécies e abordando a evolução de caracteres e a inclusão de outros novos para facilitar a elucidação das relações infragenéricas de Passiflora que tem sido ampliada graças à cooperação de estudos morfoanatômicos e genéticos (AU)

Processo FAPESP: 10/01779-3 - Ontogenia de frutos e sementes de quatro espécies de Passiflora (Passifloraceae - Subgênero Decaloba (DC.) Rchb. Seção Xerogona (Raf.) Killip)
Beneficiário:Juliana Foresti Milani
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado