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Importancia ecofisiologica da reserva de xiloglucano e o controle de sua mobilização em cotiledones de Hymenaea courbaril L.

Texto completo
Autor(es):
Henrique Pessoa dos Santos
Número total de Autores: 1
Tipo de documento: Tese de Doutorado
Imprenta: Campinas, SP.
Instituição: Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Instituto de Biologia
Data de defesa:
Membros da banca:
Marcos Silveira Buckeridge; Carlos Alberto Labate; Helenice Mercier; Lilian Beatriz Zaldan; Marcos Pereira Marinho Aidar
Orientador: Marcos Silveira Buckeridge
Resumo

Hymenaea courbaril é uma espécie leguminosa arbórea clímax, considerada tolerante à sombra e com uma ampla distribuição geográfica neotropical. As sementes são ricas em xiloglucano (XG), a principal reserva de carbono nos cotilédones. Esta reserva é um polissacarídeo de parede celular e o seu mecanismo de mobilização tem demostrado ser complexo, utilizando a ação conjunta e coordenada de quatro enzimas. Os objetivos deste trabalho foram caracterizar a importância ecofisiológica de XG para o estabelecimento de plântulas de Hymenaea courbaril varo stilbocarpa e descrever o mecanismo de controle no processo de mobilização desta reserva. Os resultados demostraram que a importância da reserva de XG vai desde a embebição das sementes até o estabelecimento de uma superfície foliar que seja capaz de manter o crescimento autotrófico no interior de uma floresta tropical. A concentração de XG apresentou uma relação inversa com a velocidade de embebição das sementes. Considerando o tamanho da semente de H. courbaril (aprox. 5 g), este controle evita que períodos curtos de disponibilidade de água estimulem a germinação, assim como estabelece uma proteção à dessecação após a embebição das sementes. Como fonte de carbono, o XG torna-se essencial apenas após a germinação e emergência das plântulas de H. courbaril (de 30 a 50 dias após o início da embebição das sementes). Os produtos de sua degradação são direcionados principalmente para a expansão dos eófilos e do primeiro metáfilo. Ao longo desse período, estas folhas estabeleceram uma atividade fotossintética capaz de tolerar radiações de até 1% da radiação solar plena (ponto de compensação de luz = 12 Jlmol.m-2.s-1). A ausência de XG (com a retirada dos cotilédones antes da sua mobilização) torna-se crítica, principalmente, nas plântulas crescidas em floresta, devido à redução de 77% na área foliar total. O sincronismo entre degradação de XG e expansão foliar foi melhor caracterizado através da análise do conteúdo endógeno de auxina (ácido indol-3-acético, AIA) nos cotilédones, o qual apresentou um incremento exponencial (aprox. 8 vezes) e relacionado com a atividade das hidrolases de XG. Nessa análise, foi comprovado que o AIA vem principalmente dos eófilos em expansão, através do transporte polar de auxina. Este tipo de controle hormonal provavelmente está relacionado com o sincronismo observado entre mobilização de reservas, expansão foliar e disponibilidade de luz, o que proporciona a esta espécie um maior sucesso no estabelecimento de plântulas em ambientes sombreados de floresta. Com estes resultados levantaram-se evidências de que, em cotilédones de H. courbaril, tanto a reserva de XG como o seu metabolismo, são análogos ao processo de expansão celular de tecido em crescimento, o que sugere que, do ponto de vista evolutivo, este sistema seja derivado da parede primária (AU)

Processo FAPESP: 98/02775-8 - O controle de degradação do xiloglucano de cotilédones de Hymenaea courbaril l e a sua relação com o crescimento inicial da plântula
Beneficiário:Henrique Pessoa dos Santos
Modalidade de apoio: Bolsas no Brasil - Doutorado